Ígor Passarini, Matheus Muratori e Thiago Bonna
Durante sua fala em Belo Horizonte, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relembrou o histórico de luta e resistência do estado. Ele citou a Inconfidência Mineira, em 1789, que lutou contra o domínio português, e o assassinato de Tiradentes - que dá nome à praça onde parte do ato deste domingo (9/10) ocorreu - pelos governantes da época.
O discurso foi realizado após uma passeata inciada na Praça da Liberdade até a Praça Tiradentes, ambas na Região Centro-Sul da capital. Milhares de apoiadores acompanharam toda a manifestação.
"O que vocês estão demonstrando hoje é que os ditadores da época enforcaram Tiradentes, esquartejaram, salgaram e penduraram em um poste a sua carne para que ninguém nunca mais ousasse falar em independência. O que eles não sabiam é que eles mataram apenas a carne. As ideias continuaram com o povo de Minas Gerais", afirmou Lula.
Disseram que a gente não podia sair nas ruas. Mais uma mentira deles. pic.twitter.com/Z3GAur72dh
%u2014 Lula 13 (@LulaOficial) October 9, 2022
Na sequência o petista disse que "Minas não suporta ditadura, Minas não suporta opressão" e defendeu uma política pública voltada para emprego, cultura, mais oportunidades para os jovens e respeito as mulheres.
Este é o primeiro ato do presidenciável no estado após o primeiro turno das eleições. Lula busca manter a dianteira na corrida eleitoral contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Primeiro turno
Enquanto Lula venceu em Minas por 48,29% a 43,20%, Bolsonaro ficou na frente em Belo Horizonte com 46,6% a 42,53%.O estado é o segundo maior colégio eleitoral do país. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 12.655.228 mineiros votadam no primeiro turno, enquanto em São Paulo foram 27.189.714 eleitores.