Maron Filho* e Thiago Bonna
Realizado na manhã deste domingo (8/10), o ato de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Belo Horizonte contou com a presença de representantes dos povos indígenas de Minas Gerais.
Entre eles, o Cacique Arakuã Santos, liderança da aldeia Naô Xohã, situada entre Brumadinho e São Joaquim de Bicas, a deputada federal eleita Célia Xakriabá (PSOL-MG), além de Avelin Kambiwá, que concorreu neste pleito para deputada federal pelo PDT-MG.
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"O governo Bolsonaro é um governo de massacre. Tentando acabar com o nosso povo e não só com nosso povo, mas com toda população brasileira", comentou.
Ele pontuou ainda as consequências do rompimento da Barragem I, na mina do Córrego do Feijão, em janeiro de 2019, para sua aldeia.
"Agora novamente com a cheia do rio todo minério veio para dentro da nossa comunidade. Nós não podemos caçar, não podemos pescar, não podemos plantar nossas comidas. Estamos dependendo de apoio e doações", lamentou Arakuã.
Já Avelin Kambiwá (PDT-MG) defendeu que os povos originários precisam ganhar maior espaço na política.
"Os povos indígenas, quilombolas e que ficaram a margem não podem ficar sub-representados", afirmou a pedetista.
Ministério dos Povos Originários
Em seu discurso na Praça Tiradentes, Lula reforçou sua intenção de criar o Ministério dos Povos Originários e se comprometeu a indicar um ministro indígena."A saúde indígena pode ser cuidada pelos próprios médicos indígenas. A FUNAI pode ser cuidada pelos próprios povos indígenas", afirmou Lula.
O candidato também disse que, no Brasil, "não haverá espaço para garimpo ilegal".