Para o mandatário, durante a sabatina dos presidenciáveis promovida pelo Jornal Nacional, Bonner foi parcial e se comportou como um "jurista".
"É vergonhoso, né. Primeiro, o sorteio. Pode ser que tenha sido isento. Fui o primeiro a falar (referindo-se à sabatina). Se fosse depois do Lula, complicava o negócio... Agora, o William Bonner se postou como um jurista. 'O senhor não deve mais nada à Justiça'... O cara foi condenado em três instâncias por unanimidade", avaliou Bolsonaro.
O ministro Edson Fachin anulou, em março de 2021, todas as condenações de Lula relacionadas à lava-Jato, pois avaliou que a 13ª Vara Federal de Curitiba — cujos titulares na ocasião das condenações eram Sergio Moro (triplex) e Gabriela Hardt (sítio) — não era o "juiz natural" dos casos.
Com a decisão, o ex-presidente recuperou os direitos políticos. A decisão de Fachin tem caráter processual. O ministro não analisou o mérito das condenações.
"O Bonner, no meu entender, tem muita chance de ir para o Supremo Tribunal Federal. Porque você não precisa sequer ser advogado. Tem que ter conhecimento jurídico. E o Bonner demonstrou conhecimento jurídico", ironizou o presidente
Candidato à reeleição, Bolsonaro ficou em segundo lugar no primeiro turno do pleito deste ano com 43,2% dos votos válidos, enquanto o adversário recebeu 48,4%.