Por Matheus Muratori
Romeu Zema (Novo), governador mineiro, desconversou nesta terça-feira (11/10) a respeito da nomeação do deputado estadual Agostinho Patrus (PSD), presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da futura presidência da Casa. Segundo o chefe do Executivo, reeleito em primeiro turno em 2 de outubro, os temas são "internos" e também não houve notificação da eleição de Agostinho para conselheiro.
"Ambos os assuntos são internos da Assembleia, o governo não interfere nessas questões internas. E, até o momento, nós ainda não fomos comunicados oficialmente. Quando formos, nós vamos avaliar essa questão da nomeação", afirmou ao ser questionado sobre expectativa de nomeação e nova presidência da Casa, em entrevista coletiva esta terça, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg).
Agostinho, que não tentou reeleição a deputado este ano, foi eleito pela ALMG ao TCE na última sexta-feira (7). Ao todo, foram 69 votos favoráveis e dois votos em branco.
Após a validação do plenário da ALMG, cabe ao governador fazer a nomeação. Após essa oficialização, Agostinho tem 30 dias para tomar posse, prorrogados por outros 30 caso necessário.
Considerado rival político de Zema no primeiro mandato do governador, Agostinho precisará deixar o posto de deputado e também a mesa diretora. Inicialmente, um presidente interino deverá ser eleito até o fim da legislatura 2019-2022. Já no ano que vem, com os parlamentares eleitos em 2022, uma nova eleição será realizada para o biênio 2023-2024.