Matheus Muratori
O governador reeleito Romeu Zema (Novo) comemorou nesta terça-feira (11/10) a nova composição da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) a partir de 2023. Com o resultado das eleições de 2022, em 2 de outubro, 52 deputados estaduais se mantêm no Legislativo, enquanto 25 são novatos. Zema considera que ele terá um "apoio muito maior" na legislatura 2023-2026.
O governador reeleito Romeu Zema (Novo) comemorou nesta terça-feira (11/10) a nova composição da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) a partir de 2023. Com o resultado das eleições de 2022, em 2 de outubro, 52 deputados estaduais se mantêm no Legislativo, enquanto 25 são novatos. Zema considera que ele terá um "apoio muito maior" na legislatura 2023-2026.
"Nós teremos um ciclo muito diferente do primeiro governo. A nossa segunda gestão terá um apoio muito maior, há quatro anos atrás eu estava encerrando a minha campanha, sendo eleito sem nenhuma coligação, sem nenhuma aliança com outros partidos. Uma situação muito diferente desta agora, em que nós já elegemos aí dezenas de deputados que estarão trabalhando do nosso lado", afirmou Zema, em entrevista coletiva na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), em Belo Horizonte.
O primeiro mandato de Zema foi marcado por inúmeros entreveros com o Legislativo. Ao apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) em segundo turno, a ser disputado em 30 de outubro, a expectativa é de que o governador tenha também o PL, que elegeu nove candidatos, como aliado, já que o Novo conseguiu eleger somente dois nomes.
"Lamento que no primeiro governo nosso nós tivemos aí poucas peças na Assembleia, vale lembrar, principalmente na Mesa Diretora, que não queriam que Minas Gerais avançasse. Parece que queriam a velha e má política, somente, um governo que não avança para eles terem chance de serem bem sucedidos numa eleição, que não foi o que aconteceu", disse Zema.
O Regime de Recuperação Fiscal (RRF) foi uma das pautas que motivaram atritos entre Executivo e Legislativo. O tema, tido como solução para pagamento de uma dívida com a União que gira em torno de R$ 141,5 bilhões, não tramitou no primeiro mandato, e o governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para avançar com o plano. Segundo Zema, deve ter uma nova análise por parte da Assembleia.
"Muito provavelmente o consenso vai prevalecer, e a nova Assembleia vai analisar. Nem a oportunidade teve de analisar, o presidente deixou lá engavetado com medo de que fosse legalizado, o que na minha opinião é uma aberração. Mas agora, pelo menos, vão analisar, e se tiver algum problemas nós vamos corrigir, vamos conversar com a Secretaria do Tesouro Nacional. Mas eu estou muito otimista que nem isso teremos, porque o plano é muito bom, muito claro, e em resumo: em vez de ter cinco anos, nós teremos 30 para poder pagar uma dívida monstruosa", afirmou.