Por Estado de Minas
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) telefonou, neste domingo (9/10), para o agente da Polícia Federal Jorge Chastalo Filho e agradeceu a declaração de voto que deu publicamente ao petista. As informações são da colunista Bela Megale, do O Globo. O policial foi responsável pela carceragem da PF de Curitiba durante os 580 dias em que Lula ficou preso. Em entrevista ao site UOL, Chastalo afirmou que votará em Lula contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições.
“O ex-presidente me ligou e agradeceu. Conversamos amenidades, mas muito rapidamente, porque ele está correndo com a campanha — disse Chastallo à coluna. No domingo, dia em que a ligação ocorreu, Lula cumpriu agenda em Belo Horizonte (MG), onde realizou uma passeata na Praça da Liberdade, região da Savassi, até a Praça Tiradentes, na região Centro-Sul da capital.
O agente, que atua como adido da Polícia Federal em Lima, no Peru, afirmou que “não pede voto” e “não faz campanha para ninguém”, mas reiterou seu apoio a Lula: “Apenas declarei que meu voto é nele”, disse.
Chastalo era o chefe do Núcleo de Operações da Polícia Federal do Paraná e, por isso, cabia a ele trâmites relacionados à prisão de Lula e de outros detentos que estavam na Superintendência do órgão em Curitiba. Entre suas funções estava fazer o controle e vistoria de alimentos e outros itens que entravam nas celas e também das visitas. De acordo com o Globo, nesse período, Chastallo teve conversas com boa parte das lideranças políticas e personalidades que estiveram em Curitiba para visitar Lula, como o escritor Noam Chomsky, o ator Danny Glover, o cantor Chico Buarque e o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica.
Em entrevista ao “UOL” publicada no último sábado (8/10), o agente criticou o governo Bolsonaro. "Diante deste absurdo que a gente está vivendo, de ataque à democracia, essa falta de civilidade, de desamor gigante, do ódio estimulado entre as pessoas, tenho absoluto desprezo pelo governo que está aí. Como disse um dia Ulisses Guimarães, 'tenho nojo'. Então me sinto moralmente obrigado a me manifestar", afirmou o agente à coluna.
Com informações do jornal O Globo