Bernardo Estillac
O presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputa a reeleição, estará em Belo Horizonte na manhã de hoje para participar de evento religioso organizado pela Igreja Mundial do Poder de Deus, liderada pelo pastor Valdemiro Santiago. A agenda dele é a segunda na capital mineira em menos de uma semana. E, nesta sexta-feira, o chefe do Executivo deve retornar à cidade pela terceira vez na campanha de segundo turno das eleições.
Bolsonaro é esperado hoje para a inauguração da Cidade Mundial dos Sonhos de Deus, no antigo Shopping Tupinambás, no Centro de BH. O evento não será aberto para a imprensa. À tarde, ele segue com a agenda religiosa e estará em Aparecida (SP) para eventos do Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do país, à qual se destina o feriado de hoje. Ontem, ele fez campanha em Santa Catarina.
Bolsonaro é esperado hoje para a inauguração da Cidade Mundial dos Sonhos de Deus, no antigo Shopping Tupinambás, no Centro de BH. O evento não será aberto para a imprensa. À tarde, ele segue com a agenda religiosa e estará em Aparecida (SP) para eventos do Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do país, à qual se destina o feriado de hoje. Ontem, ele fez campanha em Santa Catarina.
“Eu fiz um convite ao chefe maior do Estado pelo fato de ser um chefe de Estado e foi a primeira presença que confirmou. Ele falou: ‘Me dá caneta aí’. Eu escutei do outro lado. Ele vai estar lá, o presidente da República vai estar lá às 9h”, disse o pastor Valdemiro.
Na última quinta-feira, Bolsonaro veio a Belo Horizonte para participar de evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). A passagem do presidente foi rápida, sem espaço para falar diretamente a apoiadores. Na ocasião, ele recebeu documento de propostas do setor industrial do estado. Ainda assim, o candidato à reeleição discursou em tom de campanha, apostando em ataques ao adversário na corrida ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e na pauta de costumes.
Uma terceira visita a BH é aguardada ainda nesta semana, na sexta-feira. Novamente, não está prevista uma agenda de rua para o presidente na capital. Ele deverá se reunir com prefeitos mineiros em evento da Associação Mineira de Municípios (AMM), em uma faculdade privada na Região Norte da capital.
Segundo o presidente da AMM e prefeito de Coronel Fabriciano, Marcos Vinícius Bizarro (PSDB), o evento de sexta-feira não tem caráter de campanha e servirá para entregar a Bolsonaro um documento com reivindicações dos municípios mineiros. “Nós temos 786 prefeitos filiados, somos unidos e as pautas nossas têm diferentes bandeiras partidárias. Estamos abertos ao presidente Bolsonaro, assim como estaríamos com Lula”, informou.
Bolsonaro ainda não confirmou a presença dele em BH na sexta-feira, mas, caso compareça, ele terá feito, em menos de duas semanas de segundo turno, mais da metade das viagens a Minas do que em um mês e meio de campanha do primeiro turno.
Na primeira etapa de votação, o presidente iniciou a campanha indo a Juiz de Fora, em 16 de agosto. Três dias depois, ele esteve em BH para a instalação do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) e voltou em 24 de agosto, quando discursou para apoiadores na capital e em Betim. A quarta viagem ocorreu em 23 de setembro, quando esteve em Divinópolis e Contagem. A quinta e última passagem pelo estado se deu em Poços de Caldas, onde fez uma motociata em 30 de setembro, antevéspera do primeiro turno.
Bolsonaro e Lula tratam Minas Gerais como estado decisivo para o resultado eleitoral. Desde 1955, vencer no estado significa levar a melhor no país e, no primeiro turno, o petista largou na frente, tendo 48,29% dos votos, contra 43,60% do atual presidente. No estado, Bolsonaro conseguiu uma aliança com o governador Romeu Zema (Novo) e conta com o apoio do senador eleito Cleitinho Azevedo (PSC) e de Nikolas Ferreira (PL) e Bruno Engler (PL), deputados federal e estadual mais votados de Minas, respectivamente.
O presidente tenta agora converter os apoios em Minas em alianças com os prefeitos para virar o resultado no estado. A agenda de Bolsonaro com a AMM na sexta-feira já gerou uma reação na campanha de Lula: a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), solicitou à associação um encontro com o candidato petista. “Neste momento de tanta polarização, é preciso manter a imparcialidade da nossa entidade para que todos e todas se sintam representados por ela”, disse a prefeita em nota. Tanto Lula quanto Bolsonaro afirmam que têm o objetivo de incluir mais agendas em Minas até 30 de outubro. Nenhuma das campanhas, no entanto, já divulgou novas datas no estado.