TV Alterosa/Estado de Minas/Bruno Luis Barros
Na reta final pela corrida ao Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar, durante entrevista ao jornalista Ricardo Carlini, da TV Alterosa, nesta quarta-feira (12/10), sobre o atentado que sofreu em Juiz de Fora, em 6 de setembro de 2018.
À época, em ato público de campanha presidencial, Bolsonaro foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira. Embora o chefe do Executivo nacional resgate, mais uma vez, a ideia de que o crime não foi explicado, a Polícia Federal já concluiu que Adélio agiu sozinho.
“Sempre pedi a Deus que não deixasse minha filha de 7 anos órfã. Ali (o atentado) foi mais um milagre na minha vida. Obviamente, é um crime ainda inexplicado. Muita gente foi depois à cena do crime para exatamente evitar que ele fosse esclarecido. Espero um dia que o Adélio fale. Talvez, ele tenha se mantido calado com receio de perder a própria vida”, afirmou Bolsonaro.
Decisão
No fim de setembro de 2018, o inquérito da Polícia Federal confirmou que Adélio Bispo de Oliveira agiu sozinho ao atacar o então presidenciável durante sua passagem pela Manchester Mineira. As investigações apontaram que ele fotografou previamente alguns locais onde o então candidato estaria na cidade, assim como o outdoor que anunciou sua presença em Juiz de Fora.
Em junho de 2019, depois de encerrado o primeiro inquérito, aberto no dia do atentado, o juiz Bruno Savino, da Justiça Federal em Juiz de Fora, absolveu Adélio Bispo, depois de considerá-lo inimputável por ser portador de problemas psiquiátricos.
Posteriormente, em maio de 2020, um relatório parcial sobre o segundo inquérito aberto pela Polícia Federal reafirmou que Adélio não teve cúmplices no atentado contra Bolsonaro. Ele segue internado no Presídio Federal de Campo Grande (MS).
Entrevista exclusiva
A entrevista exclusiva com o presidente foi gravada na manhã desta quarta-feira e veiculada no Jornal da Alterosa. A íntegra está disponível no YouTube.