"Na relação de Estado para estado, todos serão tratados bem. Até quem me odeia, até quem fala que não gosta de mim, não tem problema. Não quero casar com o governador, quero governar e ajudar a tratar bem o povo dele", respondeu Lula, em coletiva de imprensa antes de realizar uma caminhada com apoiadores por Aracaju.
"A gente não pergunta nunca de que partido é o governo. Isso não é uma pergunta que o presidente da República faz. Ele pergunta se o problema existe, e ele precisa governar para o povo, e não para o governador", acrescentou.
Já sobre a composição do Congresso Nacional, Lula disse que não conhece os 44% de parlamentares que entraram agora, citando a taxa de renovação nas eleições deste ano. "Quando for conversar com os deputados, eu vou conversar independentemente do partido que ele pertence, com respeito à votação que ele teve. Um cara de direita, o voto dele não é inferior ao de alguém de esquerda", afirmou.
Combate à fome será "prioridade zero"
"Nós temos que colocar em prática um conjunto de políticas. Uma delas é gerar emprego imediatamente. Renegociar a dívida de 80 milhões de pessoas nesse país. Nós temos praticamente 80% das pessoas endividadas, com uma dívida de no máximo R$ 4 mil, e que as pessoas não podem pagar mais", emendou Lula. A proposta é um dos carros-chefe de Ciro Gomes (PDT), que disputou a Presidência da República no primeiro turno.
Lula prometeu ainda que aumentará o salário mínimo acima da inflação todos os anos, e disse não ver sentido no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) se o aumento não for repassado à população. Ele também criticou a gestão de Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, nesse ponto. "Faz quatro anos que o salário mínimo não é reajustado. Até a merenda escolar, R$ 0,36 é a parte que toca o governo federal. O que dá para comer com R$ 0,36? Essa desumanidade é o que nós queremos que deixe o cargo para que os brasileiros assumam a Presidência da República", pontuou.
Como será no dia do segundo turno das eleições
Dia e horário de votação: o segundo turno será no domingo (30/10), das 8h às 17h, no horário de Brasília. A divulgação da apuração dos votos deve começar logo após o fechamento das urnas./