Por Natasha Werneck
Em Alagoas nesta quinta-feira (13/10), o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ameaçou colocar o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (PL), na cadeia, caso eleito. Segundo ele, será por meio do relatório feito, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, que dará esse embasamento contra o general.
Durante seu discurso na caminhada “Brasil da Esperança”, em Maceió, o petista elogiou o trabalho feito por Renan Calheiros (MDB), relator da comissão que investigou a conduta do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Lula apontou que quer quebrar os sigilos de 100 anos impostos pelo atual chefe do Executivo.
Quando descobrir o “segredo” guardado, e em conjunto com o relatório da CPI, afirmou que colocará Pazuello "atrás das grades". “O trabalho do Renan Calheiros como relator da CPI da COVID foi uma obra-prima. É com esse relatório que a gente vai colocar Pazuello na cadeia, e com a quebra de sigilo de 100 anos do Bolsonaro que nós vamos mostrar quem está sendo honesto no Brasil”, afirmou Lula.
O sigilo imposto para Pazuello citado pelo ex-presidente é o de um processo administrativo aberto para investigar o general pela participação em ato de apoio a Bolsonaro no Rio de Janeiro. No entanto, vale ressaltar que, a partir de 2023, o ex-ministro da Saúde passa a integrar o “foro privilegiado”, já que se elegeu deputado federal.
Relatório da CPI da COVID
Documento escrito por Renan sugere o indiciamento de 78 pessoas e três empresas. O presidente Jair Bolsonaro é uma delas.
O texto indica que as orientações dadas pelo governo federal, seja nas declarações do presidente Jair Bolsonaro ou nas informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, mostram que o objetivo dos mandatários era expor os brasileiros ao contágio em massa, buscando eliminar a pandemia por meio da chamada imunidade de rebanho.
Bolsonaro também é indicado pelos crimes de caso de epidemia com resultado morte, infração de medida sanitária preventiva, incitação ao crime, charlatanismo, prevaricação, crimes contra a humanidade e crimes de responsabilidade.