Por Luana Pedra
O senador Alexandre Silveira (PSD) afirmou, nesta sexta-feira (14/10), que vai "ampliar a vantagem" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Minas Gerais. Silveira é coordenador da campanha de Lula em Minas Gerais e, com a declaração, o senador rebate a equipe do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que realiza uma ofensiva no estado. O mandatário, neste segundo turno, visitou Minas Gerais três vezes em oito dias.
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Em entrevista à emissora de TV GloboNews, Silveira criticou a força-tarefa que o governador Romeu Zema (Novo) faz no estado, em apoio a Bolsonaro. Zema está coordenando a campanha do ex-capitão em Minas Gerais, articulando com os prefeitos. O senador afirmou, no entanto, que os prefeitos não irão aceitar a "pressão do governador" e ressaltou a majoritariedade de Lula no estado.
"Na verdade, o governador Zema já apoiou o Bolsonaro desde o primeiro turno. Talvez não de forma explícita, mas ele teve o apoio do presidente Bolsonaro. Bolsonaro teve um (candidato a) governador em Minas, somente porque o governador (Zema) não aceitou apoiá-lo publicamente, mas existia um acordo de bastidor claro. Tanto é, que analisando o quadro eleitoral, a metade do eleitor do Zema foi eleitor do presidente Lula. Há realmente agora, uma força tarefa do governador, mas o Valdo foi muito feliz. Os prefeitos que eu tenho conversado não estão dispostos a entrar nesse jogo. Eles sabem que o presidente Lula foi amplamente majoritário em Minas, ganhou em mais de 600 municípios, e os prefeitos não se submeterão a essa pressão do governador", disse.
Silveira também ressaltou que o "comportamento" do governador de Minas também pode prejudicá-lo em uma possível eleição de Lula à presidência.
"Comprometendo, inclusive, por mais republicano que seja o presidente Lula, uma relação que será importante para todos os mineiros e mineiras, a ser estabelecida após a eleição do presidente Lula com o nosso estado. Eu acho que não vai lograr êxito essa estratégia do governador, o presidente Lula vai ampliar a frente em Minas Gerais, na proporção que já teve de votos no primeiro turno", afirmou.