Por Guilherme Peixoto, Mariana Costa e Matheus Muratori
Prefeitos de Minas Gerais saíram na tarde desta sexta-feira (14/10) de uma reunião que confirmou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) com metas de votos e também kits para auxiliar na virada do candidato à reeleição. O encontro, que aconteceu na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, contou com a presença de centenas de prefeitos, vereadores e secretários municipais de diversas regiões mineiras.
Prefeitos de Minas Gerais saíram na tarde desta sexta-feira (14/10) de uma reunião que confirmou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) com metas de votos e também kits para auxiliar na virada do candidato à reeleição. O encontro, que aconteceu na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, contou com a presença de centenas de prefeitos, vereadores e secretários municipais de diversas regiões mineiras.
Ao fim do encontro, os presentes ganharam um kit para ser distribuído nas cidades. O conjunto, entregue em sacolas, é composto de adesivos para carros - parachoque e vidro - e para roupas, corpo e afins.
Bolsonaro também tirou fotos com vários dos prefeitos presentes, que aguardaram pacientemente em uma fila. Os chefes de Executivo municipal também deixaram o local com "metas" de votos para virar a disputa.
Marcão (sem partido), prefeito de Descoberto, afirmou que a intenção é tirar 600 votos de diferença na cidade. No primeiro turno, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que liderou em âmbito nacional, também ficou à frente no município da Zona da Mata: 56,96% (1.943 votos) contra 34,01% (1.160).
"A diferença lá foi de 600 e poucos votos. Eu estou trabalhando para ver se a gente reverte essa situação com folga. A região também focou muito em governador", disse.
Ronald (PSDB), de Lagoa Dourada, Região Central, afirmou que quer chegar a cinco mil votos totais na cidade. Lula venceu no primeiro turno com 47,31% - 3.756 votos -, contra 43,66% - 3.466 - de Bolsonaro.
"A expectativa é que o quadro vire. O apoio do governador, o governador carrega os prefeitos mineiros quase todos. Lá foi, como diz o outro, pau a pau, a gente quer passar à frente. Queremos 5 mil votos totais", disse.
Já Carlos Morais (PSD), prefeito de Brazópolis, Sul de Minas, disse que Bolsonaro vai melhorar o resultado do primeiro turno na cidade. Ele venceu com 48,19%, com 4.332 votos.
"No primeiro turno, foram cinco mil votos num eleitorado de dez mil votos. Se conseguirmos 20%, já é garantido. A expectativa é aumentar ainda mais", disse.
A informação inicial era de cerca de 300 prefeitos presentes na reunião desta sexta. Posteriormente, Dr. Marcos (sem partido), prefeito de Coronel Fabriciano - cidade do Vale do Aço - e presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), falou em 687. Ele abriu os discursos, seguido do candidato a vice-presidente Walter Braga Netto (PL), do governador reeleito Romeu Zema (Novo) e, por fim, Bolsonaro.
Disputa
Lula, rival de Bolsonaro no segundo turno, terminou à frente no primeiro em âmbito nacional, com 48,43% dos votos válidos. Bolsonaro teve 43,20%.
Bolsonaro também ficou atrás do petista em Minas Gerais, com 43,6%. Lula recebeu 48,29%. Minas é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 12.655.228 eleitores no primeiro turno, atrás somente de São Paulo - com 27.189.714 votos.
Zema foi reeleito em primeiro turno com 56,18% em 2 de outubro. Alexandre Kalil (PSD), candidato apoiado por Lula, foi o segundo, com 35,08%.
O senador Carlos Viana (PL-MG), então candidato oficial de Bolsonaro em Minas, teve 7,23% e parou na terceira posição. Zema teve como nome à Presidência no primeiro turno o correligionário Felipe d’Ávila (Novo), que teve somente 0,47% e ficou na sexta posição.