Estado de Minas
O deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chamou João Amoêdo (Novo) de "papel higiênico da esquerda" neste sábado (15/10). A afirmação ocorreu após o candidato à Presidência da República em 2018 declarar voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição presidencial deste ano.
"Mais um motivo para votar em Bolsonaro. Não seja papel higiênico da esquerda", escreveu no Twitter. Lula disputa o segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição e pai de Eduardo.
Um dos fundadores do Novo, Amoêdo fez a revelação em entrevista à Folha de S. Paulo, divulgada neste sábado. O candidato à Presidência da República derrotado em 2018 fez críticas a Bolsonaro e afirmou que votar em Lula será uma "tarefa dificílima".
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Amoêdo seguiu a entrevista e afirmou que continua com "as mesmas críticas" quanto ao PT e a Lula. "Em relação ao PT e a Lula continuo com as mesmas críticas e enormes restrições. Como esquecer o mensalão, o petrolão, a recessão de 2015 e 2016, as pedaladas fiscais, o apoio a ditaduras? Discordo integralmente das ideias e dos métodos. A incapacidade de assumir erros é garantia de erros futuros. Nunca tive dúvida. Nem Lula nem Bolsonaro merecem meu voto. Serei oposição a qualquer um dos dois".
"No dia 30, farei algo que nunca imaginei. Contra a reeleição de Jair Bolsonaro, pela primeira vez na vida, digitarei o 13. Apertar o botão 'confirma' será uma tarefa dificílima. Mas vou me lembrar do presidente que debochava das vítimas na pandemia, enquanto milhares de famílias choravam a perda de seus entes queridos", completou, posteriormente.
Em 2022, o Novo ainda não se posicionou abertamente sobre um apoio no segundo turno - ocorre em 30 de outubro. Contudo, o principal cabo eleitoral do partido, Romeu Zema (Novo), governador reeleito de Minas Gerais, anunciou apoio a Bolsonaro após o primeiro turno.