Estado de Minas
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, determinou neste domingo (16/10) que o Partido dos Trabalhadores retire vídeos com a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre adolescentes venezuelanas.
Na sexta-feira (14/10), o candidato à reeleição disse em entrevista a um podcast que "pintou um clima" durante uma visita a uma residência habitada por jovens refugiadas na região administrativa de São Sebastião, no Distrito Federal.
Segundo a decisão de Moraes, a correlação da frase com a pedofilia é um "fato sabidamente inverídico, com grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do candidato ao cometimento de crime sexual".
O vídeo tem sido usado, por exemplo, por diversos apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), rival de Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial, e também pelo próprio candidato petista.
Na sexta-feira (14/10), o candidato à reeleição disse em entrevista a um podcast que "pintou um clima" durante uma visita a uma residência habitada por jovens refugiadas na região administrativa de São Sebastião, no Distrito Federal.
Segundo a decisão de Moraes, a correlação da frase com a pedofilia é um "fato sabidamente inverídico, com grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do candidato ao cometimento de crime sexual".
O vídeo tem sido usado, por exemplo, por diversos apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), rival de Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial, e também pelo próprio candidato petista.
Com a decisão, o vídeo com a correlação precisa ser retirado das redes dos opositores de Bolsonaro em todas as redes sociais. Moraes cita na decisão uma publicação feita pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
"Descola da realidade, por meio de inverdades, fazendo uso de recortes e encadeamentos inexistentes de falas gravemente descontextualizadas do Representante, com o intuito de induzir o eleitorado negativamente, diante da autoria de fato grave (pedofilia)", diz trecho da decisão do presidente do TSE.
"Descola da realidade, por meio de inverdades, fazendo uso de recortes e encadeamentos inexistentes de falas gravemente descontextualizadas do Representante, com o intuito de induzir o eleitorado negativamente, diante da autoria de fato grave (pedofilia)", diz trecho da decisão do presidente do TSE.
Entenda o caso
Em participação no podcast Paparazzo Rubro-Negro, na sexta-feira, Bolsonaro relatou uma visita de 2021 a uma comunidade em Brasília que conta com venezuelanos que saíram do país.
"Parei a moto numa esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, três ou quatro, bonitas. De 14, 15 anos. Arrumadinhas, num sábado, numa comunidade. Vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. 'Posso entrar na tua casa?' Entrei", iniciou.
"Parei a moto numa esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, três ou quatro, bonitas. De 14, 15 anos. Arrumadinhas, num sábado, numa comunidade. Vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. 'Posso entrar na tua casa?' Entrei", iniciou.
"Tinha umas 15 a 20 meninas, num sábado de manhã, se arrumando. Todas venezuelanas. Eu pergunto: meninas bonitinhas, 14, 15 anos se arrumando no sábado. Pra quê? Ganhar a vida!", completou posteriormente.
A declaração repercutiu nesse sábado (15). Bolsonaro, por sua vez, alegou que a frase foi tirada de contexto pelos opositores.