Por Matheus Muratori
Logo depois do debate da Band, na noite deste domingo (16/10), o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um comentário a respeito do apoio do governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), a ele no segundo turno da eleição. "Zema vestiu a camisa", afirmou Bolsonaro.
Zema anunciou o apoio a Bolsonaro dois dias depois do primeiro turno das eleições gerais, em 4 de outubro. Desde então, o presidente fez três visitas a Minas Gerais e fará ainda mais algumas, sendo uma já certa.
O presidente começou a "blitz" no estado em 6 de outubro (quinta-feira), com um evento com empresários do ramo da indústria. Já na última quarta-feira (12), ele participou de um culto evangélico. Na sexta-feira (14), o presidente participou de encontro com prefeitos mineiros.
Os três eventos ocorreram em Belo Horizonte, capital mineira. Na terça-feira (18), o presidente retorna a Minas: fará atos de campanha em Juiz de Fora, cidade da Zona da Mata Mineira, de 12h às 16h, e posteriormente em Montes Claros, na Região Norte do estado, de 16h até 18h.
Disputa presidencial
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terminou à frente no primeiro turno em âmbito nacional, com 48,43% dos votos válidos. Bolsonaro teve 43,20%. Bolsonaro também ficou atrás do petista em Minas Gerais, com 43,6%. Lula recebeu 48,29%.
Minas é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 12.655.228 eleitores no primeiro turno, atrás somente de São Paulo - com 27.189.714 votos.
Já Zema foi reeleito em primeiro turno com 56,18% em 2 de outubro. Alexandre Kalil (PSD), candidato apoiado por Lula, foi o segundo, com 35,08%. O senador Carlos Viana (PL-MG), então candidato oficial de Bolsonaro em Minas, teve 7,23% e parou na terceira posição.
Zema teve como nome à Presidência no primeiro turno o correligionário Felipe d'Ávila (Novo), que teve somente 0,47% e ficou na sexta posição. O apoio de Zema a Bolsonaro é considerado pelo presidente como fundamental para tentar virar a disputa em Minas e no Brasil.