Jornal Estado de Minas

COMÍCIO

Bolsonaro faz afago a prefeitos em Montes Claros

Após cumprir agenda em Juiz de Fora, na tarde/noite desta terça-feira (18/10), o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) participou de um comício em Montes Claros, no Norte de Minas, ao lado do governador Romeu Zema (Novo).



Bolsonaro, que disputa o segundo turno contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi ao município acompanhado do filho, o senador Flavio Bolsonaro (Republicanos), do candidato a vice-presidente, general Braga Netto; do senador eleito Cleitinho (PSC) e de Nikolas Ferreira (PL), vereador de Belo Horizonte e recém-eleito deputado federal.

O comício foi realizado no Parque de Exposições da cidade e reuniu milhares de pessoas – estimativas de público não foram divulgadas. 

Na visita a Montes Claros, Bolsonaro deu um tratamento especial aos prefeitos, considerados cabos eleitorais estratégicos em sua campanha neste segundo turno. No primeiro turno, Lula ganhou com folga  no Norte de Minas, com maior diferença nos pequenos municípios. Agora, a atuação dos dirigentes municipais, assim como o apoio de Zema, é considerada fundamental para que o candidato peelista consiga virar o resultado da eleição no estado. 

Antes de subirem no palanque para o comício, Bolsonaro e Romeu Zema se reuniram a portas fechadas com os prefeitos no auditório do Parque de Exposições. Na reunião, Bolsonaro anunciou duas ações importantes para Minas Gerais. A primeira é a  exploração de lítio no Vale do Jequitinhonha, regulamentada pelo Ministério das Minas e Energia.



Comício de Bolsonaro em Montes Claros. (foto: Solon Queiroz/divulgação)
Ele também informou que já está acertado pelo mesmo ministério a manutenção da cota mínima de 762 metros acima do nível do mar para o Lago de Furnas, garantindo a disponibilidade hídrica para desenvolver o turismo e outras atividades na região. Para isso, o Governo vai recorrer à geração de energia por termoelétricas.

Neste mesmo encontro, o presidente lembrou a importância dos prefeitos na conquista de votos no segundo turno, por estarem na “ponta da linha”, em contato direto com a população, assim como os vice-prefeitos e vereadores. Ele também destacou que o Governo Federal implementa novas propostas para aumentar as transferências de recursos para as prefeituras, devendo elevar os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).


'Colega eterno'

Mais tarde, ao discursar no comício, o atual presidente lembrou que o Governo Federal e o Governo do estado já têm recursos disponíveis para a ampliação do metrô de Belo Horizonte. Voltando a citar a questão da manutenção da cota mínima 762 do lago de Furnas e a exploração de lítio no Vale do Jequitinhonha, ele enfatizou que sua gestão está beneficiando toda as regiões mineiras. “Nenhuma região, nenhuma parte desse estado, ficará para trás”, garantiu. 




 
O comício foi aberto com discurso do prefeito anfitrião, Humberto Souto (Cidadania), que pediu a cada um da plateia para, “encarecidamente”, buscar mais votos para Bolsonaro, para “não permitir que o Brasil caia no desastre da Venezuela e da Nicarágua. Souto foi saudado por Bolsonaro  como seu “colega eterno” - eles foram contemporâneos em mandatos na Câmara Federal. 

Zema discursou rapidamente na sequência. Ele aproveitou a ocasião para repetir o apelo que já tinha feito mais cedo em Juiz de Fora. “Estamos em um momento decisivo. O futuro do Brasil está nas nossas mãos”, afirmou. 

O discurso de Jair Bolsonaro durou cerca de 11 minutos. Ele abordou temas da pauta dos costumes e valores e fez críticas ao seu adversário. “Há uma diferença enorme entre Jair Bolsonaro e Lula da Silva. (Comigo) não há corrupção, desrespeito à família, desrespeito à criança em sala de aula, desrespeito ao nosso dinheiro. Lá (com Lula), (há) tudo de errado”, disse peelista. "Lula, você me tem mais lugar aqui, o teu lugar é na prisão”, complementou.  

Antes  do seu pronunciamento, o presidente recebeu uma bíblia de presente de um pastor, que fez um a pregação. Pouco depois, a plateia fez questão de cantar parabéns para filha dele, Laura, que completou 11 anos nesta terça-feira (18/10).



Bolsonaro lembrou aindaas dificuldades financeiras enfrentadas pela prefeituras mineiras na época da gestão do ex-governador petista Fernando Pimentel (2015/2018), com a falta de repasses pelo Estado. 

“Os prefeitos aqui presentes, quase unanimidade, apoiam a nossa reeleição, (graças a) influência e liderança do nosso governador Romeu Zema, que bem sabe o que foi o PT no passado. Não queremos mais prefeitos de pires na mão buscando recursos em Brasília”, afirmou.

“Aqui deve ter muito servidor, porque já acabou o expediente, de municípios e do estado. (...) como já aconteceu aqui no passado, atraso de pagamento ou parcelamento do décimo terceiro salário. Isso é coisa do passado, isso não existe mais, porque agora tem Governo Federal, tem governador de Estado e tem prefeitos que zelam pela coisa pública, que são honestos, que são trabalhadores e querem o bem de cada um de vocês”, concluiu Bolsonaro.