Quando esses dados são ponderados em relação ao grupo de eleitores com maior probabilidade de comparecer no dia da votação (likely voter model), Lula aparece com 52,8% dos votos válidos contra 47,2% de Bolsonaro.
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A rejeição a Bolsonaro voltou a recuar e está empatada tecnicamente com a rejeição de Lula pela primeira vez na série histórica (46% contra 42%).
Entre os eleitores que votaram em Simone Tebet (MDB) no primeiro turno, a maioria – 36% - pretende votar em branco, nulo ou abster-se; 32% estão indecisos, 19% declaram voto em Lula e 13% em Bolsonaro.
Entre os que votaram em Ciro Gomes, do PDT, 41% dizem votar em Lula, 22% em Bolsonaro, 25% declaram votar em branco, nulo ou abster-se. Entre os que se abstiveram, 42% declaram voto em Lula, 32% em Bolsonaro, 15% mantêm a decisão do primeiro turno e 12% estão indecisos.
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Foram realizadas 2.000 entrevistas com eleitores entre os dias 16 e 18 de outubro, em todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o estudo tem 95% de confiança. A pesquisa foi registrada junto à Justiça Eleitoral sob o número BR-04387/2022.
Novo modelo
A pesquisa desta quarta-feira é a segunda com o modelo chamado "likely voter", que foi explicado pelo diretor da Quaest, Felipe Nunes.
"Esse procedimento visa minimizar os efeitos que a abstenção não-aleatória entre os subgrupos do eleitorado tem causado na capacidade de os institutos estimarem votos nas urnas. Muito mais gente diz que vai votar do que realmente vota, então não é suficiente perguntar às pessoas se elas vão votar e subtraí-las da amostra para se obter estimativas precisas para o subconjunto de entrevistados que são mais representativos do provável eleitorado válido", afirmou Felipe Nunes, via redes sociais.