O candidato a vice-presidente Braga Netto participou de um encontro com lideranças religiosas na tarde desta quarta-feira (19/10), na igreja Batista Getsêmani, em Belo Horizonte. Ele estava ao lado do governador Romeu Zema (Novo), que coordena a campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Minas Gerais.
"Vou ser sincero: estou meio constrangido. Eu me sinto desconfortável de falar de política em uma casa de Deus, mas eu só estou nisso porque eu realmente acredito que os valores que nós defendemos estão em jogo", disse Braga Netto, que voltou a ressaltar que não se sentia confortável em falar das eleições no local.
Na sequência, ele pediu que as pessoas se sentassem e iniciou um discurso político, no qual citou Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Braga Netto também falou dados de uma suposta decadência da economia em países da América do Sul para atacar o adversário do segundo turno. Em seguida, ele passou a palavra para o governador.
"Eu queria comentar o que eu já enfrentei com a bandeira vermelha que estamos tentando evitar", iniciou Zema ao criticar a gestão do Brasil e de Minas Gerais em 2015 e 2016. "Sabem quem causou isso? O PT", concluiu.
O chefe do Executivo mineiro também disse que o governo petista é "movido a anabolizantes" e voltou a afirmar que prefeitos se suicidaram durante a gestão do ex-governador Fernando Pimentel (PT).
Outros aliados também participaram do evento, como o futuro senador Cleitinho Azevedo (PSC) e os deputados eleitos Nikolas Ferreira (PL) e Bruno Engler (PL).
O último a subir no palco foi o futuro deputado federal Nikolas Ferreira, que foi o mais aplaudido no evento.
Ao começar seu discurso, ele justiticou as falas eleitorais. "Se você conversa com um eletricista ele não fala só de eletricidade. Se você conversa com um padeiro, ele não fala só de pão", disse.
Culto
O encontro foi realizado na Igreja Batista Getsêmani, no bairro Dona Clara, na região da Pampulha. Entre os pastores presentes, estavam Daniela e Jorge Linhares, além de Edésio de Oliveira, que é pai de Nikolas.
Após duas músicas, o primeiro pastor a falar no ato foi Jorge Linhares. Sem entrar diretamente em questões políticas, ele ressaltou os valores religiosos da igreja.
Na sequência, foi a vez de Edésio. Ao pegar o microfone ele repetiu o bordão dos bolsonaristas: "a nossa bandeira jamais vai ser vermelha" e convidou os apoiadores a cantar o hino nacional.
Na sequência, o pai de Nikolas afirmou que "a esquerda desvaloriza o papel da mulher" e chamou a pastora Daniela Linhares, filha de Jorge, para falar.
"Eu entrei para o curso de Comunicação, estudei, e comecei a perceber as pautas da esquerda. Fui para o Rio de Janeiro me aperfeiçoar, estudei na Academia Internacional de Cinema, trabalhei em agências de publicidade e durante cinco que estive lá convivendo no meio artístico eu pude ver o que eles estavam fazendo com o Brasil e pude entender as pautas culturais da esquerda", declarou Daniela.
A pastora também citou valores bíblicos como o caminho para as mulheres e fez um ataque contra a população LGBTQIA+.
Dia da virada
Os organizadores também divulgaram a manifestação de apoio que vai ser realizada na capital mineira no próximo sábado (22/10).
Denominado "O Dia da Virada!", o evento vai ter a presença da primeira-dama Michelle Bolsonaro, da senadora eleita pelo Distrito Federal Damares Alves, além de outras aliadas.
Encontro com produtores
Antes do evento religioso, Braga Netto participou de uma reunião com representantes do setor produtivo mineiro, na sede da Associação Médica de Minas Gerais, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Entre as 50 entidades presentes no encontro, estavam a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH).