Veículos do Grupo Jovem Pan, conglomerado de mídia que conta com a TV Jovem Pan e a Rádio Jovem Pan, passaram a exibir uma tarja com a palavra "censurada" sobre a logo em todas plataformas, inclusive nas redes sociais.
A medida foi tomada após decisão do Tribunal Superior Eleitoral vetar publicação de mensagens que associem o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Daniel Ortega, presidente da Nicarágua.
"O que se tem é mensagem ofensiva à honra e imagem de pré-candidato à presidência da República, com divulgação de informação sabidamente inverídica, imputando-lhe falsamente o apoio 'a invasão de igrejas e perseguição de cristãos', o que evidencia a plausibilidade do direito sustentado nesta representação”, indica o TSE.
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Líder religioso que usa culto para pedir voto pode ser multadoTSE dá direito de resposta inédito a Lula Propaganda eleitoral de Bolsonaro é interrompida por infraçãoO presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores - como os deputados Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli e o comentarista Rodrigo Constantino, este funcionário da Jovem Pan - fizeram publicações que tentam associar Lula a uma perseguição a cristãos, buscando traçar um paralelo com Ortega.
Em nota lida no ar, Jovem Pan diz que a medida "causa espanto, preocupação e é motivo de grande indignação é que justamente aqueles que deveriam ser um dos pilares mais sólidos da defesa da democracia estão hoje atuando para enfraquecê-la e fazem isso por meio da relativização dos conceitos de liberdade de imprensa e de expressão".
O conglomerado de mídia também reclamou a impossibilidade de falar sobre as condenações do petista, independentemente do contexto.