O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles fez uma série de postagens criticando a reformulação do teto de gastos proposta pelo atual ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo Meirelles, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) jogará a conta das medidas eleitoreiras nas costas da população. Ele acredita que os mais pobres seriam os mais afetados.
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Meirelles explica que, atualmente, salário mínimo e benefícios previdenciários são corrigidos pela inflação do ano anterior, usando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) como base.
“Assim, o poder de compra perdido com a alta dos preços no período é reposto. A ideia do plano negociado pelo atual governo é fazer esses reajustes não com base na inflação do ano anterior, mas na meta da inflação. Se o governo não cumprir a meta, a correção ficará abaixo da inflação.”
Isso acarretaria, segundo o ex-ministro, na perda do poder de compra do salário mínimo, dos benefícios previdenciários e do seguro-desemprego.
“Para o governo, isso permitiria acomodar os R$ 100 bilhões adicionais de gastos criados em meio ao esforço eleitoral que estão fora do Orçamento. E criaria um "freio" no crescimento das despesas atreladas ao salário mínimo”, ressaltou.
Meirelles conclui afirmando que a população mais pobre receberia menos para pagar pelas medidas eleitoreiras.