A deputada federal eleita por São Paulo Marina Silva exaltou, nesta sexta-feira (21/10), a extensão da política de cotas em universidades durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Acompanhando o ato de campanha do presidenciável petista na "Manchester Mineira", ela afirmou que, "quando o presidente Lula estava na presidência do Brasil, foi conquistado 'o direito de ampliar as cotas nas universidades'".
"As pessoas, como eu e você, de origem humilde, puderam ter igualdade de oportunidades. A gente pode ter o sapato e a roupa diferente, que não podemos comprar, mas, por dentro, todos somos iguais e temos as mesmas capacidades."
A ex-senadora do Acre pelo Rede também fez críticas ao atual presidente. "Bolsonaro não vai dizer qual é o nosso destino. O nosso destino está na nossa mão. No dia 30, vamos dar um basta."
Na sequência, Marina afirmou que o objetivo do chefe do Executivo nacional é criar a instabilidade social. "Bolsonaro quer nos dividir e desunir, mas uma casa dividida não prospera. Este país não é cindido. Ele é unido pela educação, saúde, proteção ao meio ambiente e defesa das mulheres", afirmou.
Marina finalizou dizendo que a luta é por "uma política justa e fraterna, que respeite os pretos e os indígenas".
Ofensiva estratégica em Minas
Hoje mais cedo, Lula esteve em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, acompanhado pela senadora Simone Tebet (MDB). Amanhã, às 9h, o petista e a emedebista vão a Venda Nova, em Belo Horizonte, para mais uma caminhada.
O petista fez o primeiro ato de campanha após o primeiro turno na capital mineira no domingo (9/10), com caminhada que saiu da Praça da Liberdade e terminou com discurso na Praça Tiradentes.
Segundo maior colégio eleitoral do país, Minas Gerais apresentou, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um crescimento de 2,25% do eleitorado, passando a ter 16,2 milhões de pessoas aptas a votar. Em primeiro lugar, está o estado de São Paulo. Logo, não é por acaso que os presidenciáveis tenham colocado cidades mineiras na rota pela busca de votos. Oponente de Lula, Bolsonaro já realizou quatro visitas a Minas Gerais após o primeiro turno das eleições.
A última aconteceu nessa terça-feira (18/10), onde o presidente voltou a repetir que a "Manchester Mineira" – assumiu tom simbólico nos discursos do presidente – foi o local onde ele renasceu, fazendo alusão ao atentado a faca cometido por Adélio Bispo em 2018 contra o então candidato à presidência pelo PSL.
Apesar do petista ter vencido as eleições presidenciais deste ano no primeiro turno em Minas Gerais com 5,8 milhões de votos (48,29%), seu principal adversário político, Jair Bolsonaro (PL), que recebeu 5,2 milhões (43,6%), teve mais votos em sete das 10 cidades-polo do estado: Divinópolis, Governador Valadares, Ipatinga, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Uberaba e Uberlândia. Além disso, o atual presidente ganhou em Belo Horizonte por 46,60% a 42,53%.
Neste pleito, o petista foi o favorito nos outros três municípios de referência em Minas: Montes Claros, Teófilo Otoni e Juiz de Fora – uma das cidades que o presidenciável tenta manter o favoritismo para o segundo turno em 30 de outubro.
Vale lembrar que esse cenário se contrapõe ao de 2002, quando Lula derrotou José Serra no primeiro e segundo turnos em todos os dez principais municípios mineiros.
O "Beabá da Política"
A série Beabá da Política reuniu as principais dúvidas sobre eleições em 22 vídeos e reportagens que respondem essas perguntas de forma direta e fácil de entender. Uma demanda cada vez maior, principalmente entre o eleitorado brasileiro mais jovem. As reportagens estão disponíveis no site do Estado de Minas e no Portal Uai e os vídeos em nossos perfis no TikTok, Instagram, Kwai e YouTube.