Candidato à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o mineiro tem uma forma especial de fazer política e relembrou a escolha de José Alencar (na época do PL) como seu vice na chapa que seria eleita por dois mandatos consecutivos, 2002 e 2006.
Em entrevista à TV Alterosa, Portal Uai e Estado de Minas, durante passagem nessa sexta-feira (21/10) por Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, o petista não se comprometeu a definir um número de ministros nascidos em Minas Gerais, caso seja eleito.
No governo de Dilma Rousseff (PT) apenas o ex-governador Fernando Pimentel (PT) ocupou um cargo. Mesmo número do atual governo de Jair Bolsonaro (PL) que só teve Marcelo Álvaro Antônio (PL) no Ministério do Turismo (2019-2020). Ele deixou o cargo em meio a escândalos de candidaturas "laranjas" do partido em Minas Gerais.
"Não é possível cravar um número porque, antes das eleições, se você ficar nomeando ministro, você termina perdendo mais amigo do que conquistando amigo", afirmou o candidato, que ainda não apontou nenhum potencial ministro.
Após destacar que Minas Gerais é o segundo estado em importância do Brasil, apenas atrás de São Paulo, com uma grande produção cafeicultora e leiteira, Lula afirmou que o mineiro "nunca tenta desrespeitar a pessoa. Tá sempre querendo conversar. E de, conversa em conversa, o mineiro vai ganhando espaço".
O petista está realizando caminhadas em cidades do interior de Minas Gerais para tentar manter a vantagem contra o adversário. Ontem apareceu ao lado da candidata derrotada à Presidência Simone Tebet (MDB-MS) e da ex-ministra Marina Silva (Rede). Os atos vêm em contraponto aos comícios realizados pelo Bolsonaro e por seus aliados no estado. Michelle Bolsonaro e a senadora Damares Alves (Republicanos) visitaram seis cidades mineiras em dois dias. Além disso, o presidente ganhou apoio do governador reeleito no primeiro turno, Romeu Zema (Novo), que se tornou coordenador de campanha.
"Com todo respeito que eu tenho a todos os vice do Brasil. Acho que ninguém nunca conseguiu um vice, sabe, com a postura do José Alencar", afirmou Lula, exaltando o empresário mineiro que o acompanhou durante os dois mandatos
Na atual candidatura, o petista escolheu Geraldo Alckmin (PSB) para integrar a chapa a presidência. A escolha chamou atenção pelos dois políticos terem tido, ao longo dos anos, uma série de disputas na área. Inclusive, o médico paulista, então nas fileiras do PSDB, foi vencido pelo sindicalista no pleito de 2006.
"Era engraçado porque eu não queria o José Alencar. Eu fui chamado para uma festa de 50 anos de aniversário da empresa dele em Belo Horizonte, tinha muita gente, muito deputado, muito governador. Eu falei: 'vou fazer o que naquela festa? Ver um burguesão falar'. Aí eu vi o José Alencar fazer o discurso dele. Eu fiquei pensando: 'tá aí o meu vice'", recordou Lula.
Em seguida, ele afirmou que José Alencar não poderia ser vice dele estando filiado ao MDB que, naquele momento, era oposição. "'Você tem que trocar de partido' e eu arrumei um partido para ele", recordou. Curiosamente, o partido que o então vice-candidato iria ingressar é o Partido Liberal, que hoje abriga Bolsonaro. Em 2005, Alencar vai para o atual Republicanos.
"Ele participava das reuniões toda semana que eu convocava os ministros para discutir orçamento. Ele estava presente, ele não era um vice coadjuvante", apontou Lula, que, em seguida concluiu, que José Alencar "era quase que um presidente.
Além dele, se destacaram a ministra de Minas e Energia (2003-2005) e ministra-chefe da Casa Civil (2005-2010) Dilma Rousseff (PT); Hélio Costa (MDB), ministro das Comunicações (2005-2010); Patrus Ananias (PT), ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (2004-2010); entre outros. Alguns estiveram no cargo apenas de forma interina.
Agenor Álvares - Abaeté | Ministro da Saúde de março de 2006 a março de 2007
Anderson Adauto - Sacramento | Ministro dos Transportes de janeiro de 2003 a março de 2004
Carlos Eduardo Esteves Lima - Itambacuri | Ministro-chefe da Casa Civil de setembro de 2010 a janeiro de 2011
Daniel Barcelos Vargas - Patos de Minas | Ministro chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos de junho a outubro de 2009
Dilma Rousseff - Belo Horizonte | Ministra de Minas e Energia de janeiro de 2003 a junho de 2005; Ministra-chefe da Casa Civil de junho de 2005 a março de 2010
Hélio Costa - Barbacena | Ministro das Comunicações de julho de 2005 a abril de 2010
José Artur Filardi - Barbacena | Ministro das Comunicações de março de 2010 a janeiro 2011
José Dirceu - Passa Quatro | Ministro-chefe da Casa Civil de janeiro de 2003 a junho de 2005
José Felipe Saraiva - Belo Horizonte | Ministro da Saúde de julho de 2005 a março de 2006
Luiz Dulci - Santos Dumont | Ministro-Chefe da Secretaria Geral da Presidência de janeiro de 2003 a janeiro de 2011
Miguel Jorge - Ponte Nova | Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de março de 2007 a janeiro de 2011
Nelson José Hubner Moreira - Lajinha | Ministro de Minas e Energia de maio de 2007 a janeiro de 2008
Patrus Ananias - Bocaiuva | Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome de janeiro de 2004 a março de 2010
Ricardo Berzoini - Juiz de Fora | Ministro da Previdência Social de janeiro de 2003 a janeiro de 2004; Minitro do Trabalho de janeiro de 2004 a julho de 2005
Sandra Starling - Belo Horizonte | Ministra interina do Trabalho de janeiro a julho de 2003
Walfrido dos Mares Guia - Santa Bárbara | Ministro do Turismo de janeiro de 2003 a março de 2007; Ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais de março a novembro de 2007
Em entrevista à TV Alterosa, Portal Uai e Estado de Minas, durante passagem nessa sexta-feira (21/10) por Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, o petista não se comprometeu a definir um número de ministros nascidos em Minas Gerais, caso seja eleito.
No governo de Dilma Rousseff (PT) apenas o ex-governador Fernando Pimentel (PT) ocupou um cargo. Mesmo número do atual governo de Jair Bolsonaro (PL) que só teve Marcelo Álvaro Antônio (PL) no Ministério do Turismo (2019-2020). Ele deixou o cargo em meio a escândalos de candidaturas "laranjas" do partido em Minas Gerais.
"Não é possível cravar um número porque, antes das eleições, se você ficar nomeando ministro, você termina perdendo mais amigo do que conquistando amigo", afirmou o candidato, que ainda não apontou nenhum potencial ministro.
Após destacar que Minas Gerais é o segundo estado em importância do Brasil, apenas atrás de São Paulo, com uma grande produção cafeicultora e leiteira, Lula afirmou que o mineiro "nunca tenta desrespeitar a pessoa. Tá sempre querendo conversar. E de, conversa em conversa, o mineiro vai ganhando espaço".
O petista está realizando caminhadas em cidades do interior de Minas Gerais para tentar manter a vantagem contra o adversário. Ontem apareceu ao lado da candidata derrotada à Presidência Simone Tebet (MDB-MS) e da ex-ministra Marina Silva (Rede). Os atos vêm em contraponto aos comícios realizados pelo Bolsonaro e por seus aliados no estado. Michelle Bolsonaro e a senadora Damares Alves (Republicanos) visitaram seis cidades mineiras em dois dias. Além disso, o presidente ganhou apoio do governador reeleito no primeiro turno, Romeu Zema (Novo), que se tornou coordenador de campanha.
'Ninguém conseguiu um vice com a postura do José Alencar'
"Com todo respeito que eu tenho a todos os vice do Brasil. Acho que ninguém nunca conseguiu um vice, sabe, com a postura do José Alencar", afirmou Lula, exaltando o empresário mineiro que o acompanhou durante os dois mandatos
Na atual candidatura, o petista escolheu Geraldo Alckmin (PSB) para integrar a chapa a presidência. A escolha chamou atenção pelos dois políticos terem tido, ao longo dos anos, uma série de disputas na área. Inclusive, o médico paulista, então nas fileiras do PSDB, foi vencido pelo sindicalista no pleito de 2006.
"Era engraçado porque eu não queria o José Alencar. Eu fui chamado para uma festa de 50 anos de aniversário da empresa dele em Belo Horizonte, tinha muita gente, muito deputado, muito governador. Eu falei: 'vou fazer o que naquela festa? Ver um burguesão falar'. Aí eu vi o José Alencar fazer o discurso dele. Eu fiquei pensando: 'tá aí o meu vice'", recordou Lula.
Em seguida, ele afirmou que José Alencar não poderia ser vice dele estando filiado ao MDB que, naquele momento, era oposição. "'Você tem que trocar de partido' e eu arrumei um partido para ele", recordou. Curiosamente, o partido que o então vice-candidato iria ingressar é o Partido Liberal, que hoje abriga Bolsonaro. Em 2005, Alencar vai para o atual Republicanos.
"Ele participava das reuniões toda semana que eu convocava os ministros para discutir orçamento. Ele estava presente, ele não era um vice coadjuvante", apontou Lula, que, em seguida concluiu, que José Alencar "era quase que um presidente.
Ministros mineiros
Ao longo dos oito anos em que Luiz Inácio Lula da Silva esteve à frente do governo federal, passaram 17 mineiros pelos ministérios. O próprio vice passou quase dois anos no Ministério da Defesa.Além dele, se destacaram a ministra de Minas e Energia (2003-2005) e ministra-chefe da Casa Civil (2005-2010) Dilma Rousseff (PT); Hélio Costa (MDB), ministro das Comunicações (2005-2010); Patrus Ananias (PT), ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (2004-2010); entre outros. Alguns estiveram no cargo apenas de forma interina.
Confira os ministros mineiros durante os governos Lula
José Alencar - Muriaé | Ministro da Defesa de novembro de 2004 a março de 2006Agenor Álvares - Abaeté | Ministro da Saúde de março de 2006 a março de 2007
Anderson Adauto - Sacramento | Ministro dos Transportes de janeiro de 2003 a março de 2004
Carlos Eduardo Esteves Lima - Itambacuri | Ministro-chefe da Casa Civil de setembro de 2010 a janeiro de 2011
Daniel Barcelos Vargas - Patos de Minas | Ministro chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos de junho a outubro de 2009
Dilma Rousseff - Belo Horizonte | Ministra de Minas e Energia de janeiro de 2003 a junho de 2005; Ministra-chefe da Casa Civil de junho de 2005 a março de 2010
Hélio Costa - Barbacena | Ministro das Comunicações de julho de 2005 a abril de 2010
José Artur Filardi - Barbacena | Ministro das Comunicações de março de 2010 a janeiro 2011
José Dirceu - Passa Quatro | Ministro-chefe da Casa Civil de janeiro de 2003 a junho de 2005
José Felipe Saraiva - Belo Horizonte | Ministro da Saúde de julho de 2005 a março de 2006
Luiz Dulci - Santos Dumont | Ministro-Chefe da Secretaria Geral da Presidência de janeiro de 2003 a janeiro de 2011
Miguel Jorge - Ponte Nova | Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de março de 2007 a janeiro de 2011
Nelson José Hubner Moreira - Lajinha | Ministro de Minas e Energia de maio de 2007 a janeiro de 2008
Patrus Ananias - Bocaiuva | Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome de janeiro de 2004 a março de 2010
Ricardo Berzoini - Juiz de Fora | Ministro da Previdência Social de janeiro de 2003 a janeiro de 2004; Minitro do Trabalho de janeiro de 2004 a julho de 2005
Sandra Starling - Belo Horizonte | Ministra interina do Trabalho de janeiro a julho de 2003
Walfrido dos Mares Guia - Santa Bárbara | Ministro do Turismo de janeiro de 2003 a março de 2007; Ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais de março a novembro de 2007
Entrevista exclusiva
A entrevista exclusiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conduzida pelo jornalista Benny Cohen, teve transmissão do "Jornal da Alterosa" na TV Alterosa e está disponível no canal do YouTube do portal Uai.
Na quarta-feira, dia 12/10, os Associados entrevistaram, também com exclusividade, o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). A íntegra da entrevista com o postulante à reeleição está disponível neste link.
O "Beabá da Política"
A série Beabá da Política reuniu as principais dúvidas sobre eleições em 22 vídeos e reportagens que respondem essas perguntas de forma direta e fácil de entender. Uma demanda cada vez maior, principalmente entre o eleitorado brasileiro mais jovem. As reportagens estão disponíveis no site do Estado de Minas e no Portal Uai e os vídeos em nossos perfis no TikTok, Instagram, Kwai e YouTube.