Rafaela Gonçalves - Correio Brazilienzes
O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) distribuiu ofensas à ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Cármen Lúcia por votar a favor de punir a emissora Jovem Pan após a transmissão de declarações falsas contra o candidato a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em um vídeo, de cerca de 1 minuto, divulgado nesta sexta-feira (21/10), o petebista comparou a ministra com uma "prostituta" por ter acompanhado o voto do ministro relator, Alexandre de Moraes.
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Jefferson, que já é conhecido por tumultuar o processo eleitoral e atacar instituições democráticas, está em prisão domiciliar pelo inquérito das milícias digitais. Sua prisão preventiva foi decretada em agosto de 2021 por determinação de Moraes.
Em dezembro, o ministro havia negado um pedido de soltura do ex-deputado, mas, em janeiro deste ano, por questões de saúde, Moraes autorizou que ele cumprisse prisão domiciliar.
A filmagem foi publicada no Twitter no perfil de sua filha, a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), que escreveu na publicação: "Meu pai voltou com toda sua indignação! Depois tem quem diga que ele exagera, que não tem razão? ah não? O que aquela bruxa horrorosa fez foi digno de alguma punição severa! Tipo impeachment! Mas o escr*to do Pachecuzinho querendo ser ministro não vai fazer JAMAIS!".
Com indignação, a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC) já disse ter acionado parlamentares de sua bancada para formalizar uma representação contra Jefferson. "É repugnante assistir, inacreditável que um cidadão tenha coragem de se referir naqueles termos a uma mulher, ainda mais uma mulher ministra da maior Corte de justiça do país", disse. "Nós não podemos aceitar nenhum desrespeito às mulheres e uma mulher que tem o poder de decidir sobre o país não pode ser intimidada como Roberto Jefferson tenta intimidar", acrescentou.
As assessorias do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE ainda não se pronunciaram.