"Ontem, nós tivemos dois casos de violência política de gênero no Brasil, estimulados por esse governo. Eu pedi permissão para quebrar o protocolo, porque ontem, presidente Lula, quando nós chegamos de Juiz de Fora eu visualizei um vídeo de um ex-deputado federal que faz uma agressão contra a ministra Cármen Lúcia como eu nunca tinha visto. É caso de determinar a prisão, ele tem que voltar para a cadeia imediatamente, porque ninguém tem o direito de agredir uma mulher, seja ela uma autoridade pública ou não, da forma como ele fez", iniciou Tebet, em entrevista coletiva em Neves, esta manhã.
O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) distribuiu, na noite dessa sexta-feira (21), ofensas a Cármen Lúcia por votar a favor de punir a emissora Jovem Pan após a transmissão de declarações falsas contra Lula. No vídeo de cerca de um minuto, o político comparou a ministra com uma "prostituta" por ter acompanhado o voto do ministro relator, Alexandre de Moraes.
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"Não é uma pessoa séria", diz Lula
Lula também repudiou os ataques, após as falas de Tebet e Marina. "O cara que te xingou é 171, não é uma pessoa séria, não é uma pessoa séria. Porque uma pessoa séria, mesmo que tenha um pensamento, sabe, de direita, mesmo que tenha pensamento antagônico, jamais levantaria em um bar para xingar alguém, jamais", afirmou.
"Não é um cidadão, na verdade deve ser um canalha da pior espécie. Ele estava com a mulher dele, e a mulher dele não queria que ele xingasse. A mulher dele ficou puxando ele, porque a mulher dele sabia do comportamento dele, ele ia ficar desmoralizado dentro de casa", completou, posteriormente.
Lula terminou à frente no primeiro turno, com 48,43% dos votos válidos no primeiro turno em 2 de outubro. Já Bolsonaro, candidato à reeleição, teve 43,20%. Tebet, agora apoiadora de Lula, foi a terceira, com 4,16%. O segundo turno da eleição presidencial será realizado no dia 30 deste mês - domingo.