Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

Lula critica posição de Zema na eleição: 'Não falava o nome do Bolsonaro'

Em entrevista coletiva em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a postura do governador Romeu Zema (Novo) no segundo turno da eleição presidencial. 





O ex-presidente teve agenda na Grande BH neste sábado (22/10), após passar pelas cidades de Teófilo Otoni, no Jequitinhonha, e Juiz de Fora, na Zona da Mata, nessa sexta-feira (21). Nos dois momentos, ele falou sobre o apoio do governador a ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Eu acho estranho, porque eu nunca falei o nome do Zema em nenhum discurso, porque não o conheço. Eu o respeito como governador do povo mineiro, e eu faria questão de não falar mal de governador. Ele também não falava o nome do Bolsonaro e não falava por que? Porque tinha 48% dos votos dele que eram votos com Lula", disse.

Na sequência, ele falou sobre a aliança entre Zema e Bolsonaro construída menos de 48 horas após o primeiro turno.

"O que é triste é que, terminadas as eleições, ele que passou a ideia para o povo que não tinha nenhum candidato a presidente, ele assume o bolsonarismo. O que é uma coisa, na minha opinião, ruim, negativa. Como você pode ter dois comportamentos, sabe, em momentos, sabe, quase iguais? Porque os candidatos são os mesmos", questionou.





Apesar das críticas, Lula disse que governará ao lado de Zema, caso seja eleito presidente.
 

Disputa


Lula terminou à frente no primeiro turno, com 48,43% dos votos válidos. Bolsonaro teve 43,20%. Bolsonaro também ficou atrás do petista em Minas, com 43,6%. Lula recebeu 48,29% dos votos.

Minas é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 12.655.228 eleitores no primeiro turno, atrás somente de São Paulo - com 27.189.714 votos.

Já Zema foi reeleito em primeiro turno com 56,18% em 2 de outubro. Alexandre Kalil (PSD), candidato apoiado por Lula, foi o segundo, com 35,08%. O senador Carlos Viana (PL-MG), então candidato oficial de Bolsonaro em Minas, teve 7,23% e parou na terceira posição.

Zema teve como nome à Presidência da República no primeiro turno o correligionário Felipe d'Ávila (Novo). D’Ávila teve somente 0,47% e ficou na sexta posição.