"Eu acho estranho, porque eu nunca falei o nome do Zema em nenhum discurso, porque não o conheço. Eu o respeito como governador do povo mineiro, e eu faria questão de não falar mal de governador. Ele também não falava o nome do Bolsonaro e não falava por que? Porque tinha 48% dos votos dele que eram votos com Lula", disse.
Na sequência, ele falou sobre a aliança entre Zema e Bolsonaro construída menos de 48 horas após o primeiro turno.
"O que é triste é que, terminadas as eleições, ele que passou a ideia para o povo que não tinha nenhum candidato a presidente, ele assume o bolsonarismo. O que é uma coisa, na minha opinião, ruim, negativa. Como você pode ter dois comportamentos, sabe, em momentos, sabe, quase iguais? Porque os candidatos são os mesmos", questionou.
Disputa
Lula terminou à frente no primeiro turno, com 48,43% dos votos válidos. Bolsonaro teve 43,20%. Bolsonaro também ficou atrás do petista em Minas, com 43,6%. Lula recebeu 48,29% dos votos.
Minas é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 12.655.228 eleitores no primeiro turno, atrás somente de São Paulo - com 27.189.714 votos.
Já Zema foi reeleito em primeiro turno com 56,18% em 2 de outubro. Alexandre Kalil (PSD), candidato apoiado por Lula, foi o segundo, com 35,08%. O senador Carlos Viana (PL-MG), então candidato oficial de Bolsonaro em Minas, teve 7,23% e parou na terceira posição.
Zema teve como nome à Presidência da República no primeiro turno o correligionário Felipe d'Ávila (Novo). D’Ávila teve somente 0,47% e ficou na sexta posição.