Apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomaram no início da tarde deste sábado (22/10) a Avenida Padre Pedro Pinto, em Venda Nova, Belo Horizonte. A passeata com o petista reúne eleitores antigos do ex-presidente que avaliam o atual pleito como inédito e diferente das cinco eleições presidenciais disputadas anteriormente pelo candidato.
Lula. A caminhada do presidente começou em Venda Nova e vai até Justinópolis, distrito de Ribeirão das Neves, outra cidade da Grande BH.
Helena Queiroz, de 65 anos, mora em Contagem, na Região Metropolitana de BH, e saiu de casa para ver "Estou aqui pra apoiar nosso presidente Lula. Eu acompanho Lula desde quando ele era metalúrgico, nunca votei em outro presidente a não ser em Lula. Essa eleição tá muito diferente, muito agressiva por parte do outro candidato, porque Lula sempre foi tranquilo. Mas isso não vai nos desanimar. Vai nos fortalecer para colocar ele lá em Brasília defendendo o povo", afirmou a apoiadora de Lula.
A confeiteira Ercilia Alves, mora na ocupação Zezé Ribeiro, no Centro de BH, e também foi acompanhar Lula, que governou o país de 2003 a 2010. Para ela, Lula "vai fazer a diferença" caso seja eleito presidente no segundo turno, em 30 de outubro.
"Ele vai fazer a diferença para conseguirmos alimentação, moradia e emprego de qualidade. Eu tenho seis filhos, três deles com deficiência e eu tive dificuldade de comprar remédios nesse governo atual. Com Lula e o investimento no SUS eu tinha acesso aos medicamentos. A ansiedade tá a milhão, queremos um Brasil melhor para os nossos filhos e netos", afirmou.
[GAELRIA1]Já Guilherme, contador, está de passagem por BH e resolveu prestigiar o candidato do PT. "Momento de eleição em um regime democrático é de bandeiras partidárias. A bandeira do Bolsonaro é do PL, ele não quer mostrar porque tem vergonha. A do Brasil é nossa, nunca foi deles, é do país".
Jonas Rodrigues é funcionário público aposentado, de 65 anos, e foi à caminhada com uma comitiva do Bairro Santa Tereza, de BH. Ele diz que o debate político "tem faltado", dando lugar ao "ódio".
"Sempre votei em Lula, a minha percepção é que a gente tem um processo extremamente acirrado e que o debate político tem faltado, tem prevalecido muito o ódio, a negação de aspectos importantes da nossa sociedade brasileira e isso a gente tem sentido falta. Para a gente quebrar essa polarização é extremamente importante o apoio de outros líderes como Tebet, Alckmin e Marina. Nesse momento não dá pra pensar na eleição de um único partido", completou.
Disputa
Lula terminou à frente no primeiro turno, com 48,43% dos votos válidos. Jair Bolsonaro (PL) teve 43,20%. Bolsonaro também ficou atrás do petista em Minas, com 43,6%. Lula recebeu 48,29% dos votos.
Minas é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 12.655.228 eleitores no primeiro turno, atrás somente de São Paulo - com 27.189.714 votos. O segundo turno da eleição ocorre em 30 de outubro.