SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), criticou neste sábado (22) uma decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que concedeu direito de resposta para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Jovem Pan. Sem citar a corte, o candidato à reeleição afirmou que a emissora foi alvo de censura e que isso não vai acontecer se ele vencer as eleições.
"Tenho certeza, se Deus quiser, após o dia 30 de outubro, com a nossa reeleição, a questão da liberdade se acalmará em nosso país. Haverá maior independência entre os poderes", disse, citando a Jovem Pan. "Tenho certeza que, após as eleições, nenhum outro órgão de imprensa será atingido com censura."
Na segunda (17), os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) concederam três direitos de resposta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Jovem Pan. Os ministros aprovaram por 4 votos a 3 os recursos apresentados pela campanha de Lula para permitir que o petista rebata afirmações de que ele mente, não foi "inocentado" e que irá perseguir cristãos.
"Hoje a água bateu na cintura de toda a imprensa brasileira.
Imprensa tem que ter liberdade até para errar", afirmou Bolsonaro sobre a decisão. "Após as eleições, nenhum outro órgão de imprensa será atingido pela censura".
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Não foi a primeira vez que o TSE concedeu direito de resposta a Lula contra a Jovem Pan.
No último domingo (16), a ministra Bucchianeri mandou a filial de Bauru (SP) da Jovem Pan, além de bolsonaristas e da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), divulgarem resposta de Lula contra acusações de envolvimento do petista no assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.
Em setembro, a mesma ministra havia concedido direito de resposta a Lula na Jovem Pan para rebater afirmações de comentaristas da rádio de que o petista atuaria em conluio com Moraes.
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Durante o evento bolsonarista deste sábado, um comício em Guarulhos (Grande SP), a emissora de rádio e TV teve seu nome gritado pelo público. Bolsonaristas acusam a Justiça Eleitoral de censurar a emissora.
O presidente esteve ao lado do seu candidato ao governo do estado em São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do padre Kelmon (PTB), candidato à presidência no primeiro turno.
Tarcísio de Freitas, que lidera as pesquisas em São Paulo, apelou ao público para votar em Bolsonaro. Ele disse que uma vitória do atual presidente facilitaria trazer recursos para o estado. O bolsonarista ainda prometeu levar o metrô para Guarulhos.