(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas Campanha

Em BH, Michelle fala em Deus, trevas e guerra

Primeira-dama afirma em evento político-religioso na orla da lagoa da Pampulha que "estamos vivendo uma guerra espiritual"


23/10/2022 04:00 - atualizado 22/10/2022 21:42

IGOR PASSARINI

Primeira-dama continuou ontem a agenda no estado
Primeira-dama continuou ontem a agenda no estado, com passagem também pelas cidades de Ubá e Uberaba (foto: Fotos: Jair Amaral/EM/D.A Press)


A orla da lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, foi o palco escolhido pelos fiéis apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) para o encontro com a primeira-dama Michelle, na manhã de ontem. No discurso, de 10min08, a esposa do candidato à reeleição falou que “estamos vivendo uma guerra espiritual” e chamou o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “líder das trevas”. O evento político-religioso também contou com a presença da senadora eleita pelo Distrito Federal Damares Alves (Republicanos), companheira da primeira-dama na agenda de campanha em Minas Gerais, iniciada na sexta-feira.

"Eu queria dizer que estamos vivendo, sim, uma guerra espiritual. Nós que acreditamos em Deus, e estamos vendo, está muito claro. Só não vê quem não quer. Aqueles que não estão enxergando é porque ainda têm escamas nos olhos. Os ouvidos espirituais estão fechados”, declarou Michelle. A primeira-dama ainda reforçou o pedido que tem sido feito por aliados bolsonaristas para que os apoiadores conversem com eleitores que estão indecisos ou fazem parte de um outro público.

“Que Deus tenha misericórdia do nosso Brasil porque o líder das trevas está aqui em Minas Gerais tentando enganar e o pai da mentira é o diabo. Mas Deus é por nós e nós cremos que vamos virar pelo bem da nossa nação. Como o presidente falou: 'Mi, eu já morri em 2018 e se preciso for eu entrego a minha vida pelo meu povo'. E ele vai entregar, sim, porque ele ama o Brasil”, afirmou Michelle.

Apoiadores do presidente se ajoelharam e rezaram
Apoiadores do presidente se ajoelharam e rezaram durante o evento de campanha, em Belo Horizonte


Assim como a primeira-dama, a futura senadora Damares também citou dados sobre crianças e mulheres e fez comparações de gestões passadas com a de Bolsonaro, eleito em 2018. Ela também afirmou que o governo “vai pegar todos os pedófilos do país” e falou sobre a campanha feita no estado e no país. “Estamos fazendo essa caravana das Mulheres com Bolsonaro pelo Brasil para falar verdades porque inventaram mentiras. A nossa missão é desconstruir as narrativas contra Bolsonaro, que enfrenta um ex-presidiário corrupto”, declarou Damares para apoiadores no trio elétrico, em Belo Horizonte.

Governador 

O governador de Minas Gerais foi o primeiro a falar no evento de ontem, na Região da Pampulha. Em seu discurso, ele ressaltou as chamadas pautas ideológicas. A declaração aconteceu antes mesmo de a primeira-dama chegar ao local. “Estamos aqui para valorizar aquilo que temos de mais importante, que tenho certeza que todos vocês vão concordar: a nossa família. Não podemos deixar esses valores tão importantes, principalmente para nós mineiros, serem desprezados no Brasil”, declarou Zema. Na sequência, o governador afirmou que somente um dos candidatos à Presidência da República valoriza a família e que o outro pode colocar tudo a perder.

Apesar de não falar diante da presença de Michelle, o governador reeleito foi citado pela esposa de Bolsonaro após a primeira-dama fazer um novo ataque ao ex-presidente Lula. “Nós vimos o que ele (Lula) está falando. Está com sede nos olhos de vingança, já colocou o nome do nosso governador, ele é o primeiro da lista. Mas não vai ter vez, porque Minas Gerais vai dar a resposta no dia 30 e dia 30 vai ser 22. Mexeu com Zema, mexeu comigo”, disse Michelle. Logo depois, os eleitores presentes no ato entoaram, em coro, a mesma expressão.

Data simbólica 

O encontro foi denominado como “dia da virada” por acontecer no dia 22, o mesmo número usado pelo Partido Liberal (PL) nas urnas, e faz parte da estratégia para ajudar o presidente, que perdeu para Lula, no primeiro turno, em Minas e no Brasil. O ato também integra o movimento Mulheres com Bolsonaro, da vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Greyce Elias (Avante).

“Lula ganhou aqui e no dia da virada a gente acredita que é a oportunidade que nós temos de conversar com os cidadãos e explicar quais são as pautas da direita”, afirmou uma das organizadoras do evento na capital mineira, a pastora da Igreja Batista Getsêmani Daniela Linhares. Ela também explicou que o evento foi pensando, principalmente, para as mulheres e com o objetivo de mostrar a diferença das pautas de esquerda e de direita. "As mulheres que estão em casa tomando decisões, ajudando os maridos. E também conscientizar as pautas culturais da esquerda, que vão afetar as crianças no futuro", afirmou.

A pastora foi uma das representantes religiosas no evento, ao lado do pai, Jorge Linhares, e do pastor Edésio de Oliveira, pai do deputado federal Nikolas Ferreira (PL). Eles também fizeram preces e pediram para que os apoiadores se ajoelhassem no chão de britas da Praça Geralda da Mata Pimentel, mais conhecida como Praça dos Esportes.

“Os brasileiros de BH e região estão aqui conosco para poder prestigiar a primeira-dama. A verdade tem que ser revelada. Temos visto que as crianças estão sendo muito atacadas e temos que trabalhar para que elas sejam protegidas”, declarou uma das apoiadoras presentes no ato, a auxiliar administrativa Talita Righi. 

Já o comerciante Geraldo Silva, que levou 150 peças para vender no evento – entre camisas, bandeiras e bonés – estava ansioso para ver a primeira-dama. “A expectativa é muito boa, de pelo menos umas 10 mil pessoas aqui hoje. Onde a Michelle está indo está lotando”, declarou.



receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)