Em meio a tanto discurso e troca de acusações pesadas na reta final deste segundo turno das eleições de 2022, se destaca o embate nos diversos palanques de comunicação entre o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, e a senadora e ex-presidenciável Simone Tebet (MDB), que apoia o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência do Brasil.
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Bolsonaro ameaça frear Judiciário caso seja reeleitoFrigorífico em MG faz evento pró-Bolsonaro em intervalo de funcionáriosBolsonaro coloca 'esquerda' como motivo para mudar opinião sobre reeleiçãoSe sentindo 'perseguidos', bolsonaristas protestam contra a 'censura' em BHMoraes manda prender Jefferson, que diz ter atirado contra policiaisA senadora também afimou que Bolsonaro "não respeita as mulheres" e "flerta com o autoritarismo, militariza a política e politiza as forças armadas".
Na sexta-feira (21/10), em Juiz de Fora, na Zona da Mata, Simone Tebet declarou que o presidente Bolsonaro "vai entrar para o lixo da história".
Também na viagem a Minas, em Ribeirão das Neves, nesse sábado (23/10), Simone Tebet condenou os xingamentos que a ministra do Superior Tribunal Federal (STF), Carmén Lúcia, e da deputada federal Marina Silva por bolsonaristas. Para a senadora, é Jair Bolsonaro o responsável, já que o presiente estimula a violência contra as mulheres: "Toda minha solidariedade à @MarinaSilva pelas ofensas recebidas por bolsonaristas (...). Violência política contra mulheres tem se tornado mais comum com este presidente que dá o mesmo péssimo exemplo", escreveu em sua rede social.
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Jair Bolsonaro não fica atrás. O presidente e candidado à reeleição também rebate e alfineta a senadora. Ao ser indagado sobre o apoio de Tebet a Lula, ela que teve quase 4,2% dos votos no 1° turno das eleições presidenciais, ficando em 3° lugar, desdenhou: "Ah, não sei, quem é Tebet? Ah, a lá do... É decisão dela".
O presidente também menosprezou Simone Tebet ao chamá-la de "estepe": "É aquela história de 'vamos mudar'. Mas quem entra no meu lugar? A política é um self-service. Vocês têm eu, Lula, Ciro, a 'estepe' (Simone Tebet), a 'trambique' (Soraya Thronicke, do União Brasil, ex-candidata à presidência), que é decoradora sabe daquilo, né? A decoradora. E acabou. Não adianta procurar. É o que está ali, pô".
Ação na Justiça
Em ato de campanha com Lula, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri (MG), Simone Tebet foi ainda mais crítica a Bolsonaro e relembrou do episódio em que presidente disse sobre "jovens bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas" e que "pintou um clima" com elas. Em entrevistas a podcasts, o presidente afirmou que as meninas venezuelanas estavam se arrumando para fazerem programas sexuais. Tebet falou: "É mais do que crime, é pedofilia. E lugar de pedófilo é na cadeia. Eu não tenho medo. Já chamei o presidente de covarde", disse a senadora.
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Por causa desta fala, a defesa de Jair Bolsonaro entrou com ação contra a senadora e contra a deputada federal Marina Silva (Rede) por falas ditas durante comício em apoio a Lula, em Teófilo Otoni.
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Bolsonaro entra com ação contra Tebet por fala em comício de Lula em MG.
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