A deputada federal Marina Silva (Rede-SP) aproveitou a repercussão do caso de Roberto Jefferson para criticar a política de armas do governo Bolsonaro (PL).
Em uma publicação no Twitter, ela afirmou: "Nós temos projetos, eles têm projéteis".
A ex-ministra atribui atos de violência, como o de Jefferson, ao discurso do presidente e chegou a declarar, anteriormente, que as falas de Bolsonaro e seus aliados estimulam comportamentos violentos contra mulheres.
Nós temos projetos, eles têm projéteis.
— Marina Silva (@MarinaSilva) October 23, 2022
Na sexta-feira (21/10), Marina denunciou agressões que recebeu de bolsonaristas, após participar de caminhada ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Nas redes, a ex-ministra contou ter sido chamada de vagabunda e traidora após jantar com dirigentes da Rede no restaurante de um hotel, em Belo Horizonte.
"É a velha tentativa grotesca de coagir a ação política das mulheres. É a violência política de gênero se espalhando pelo país em tempos bolsonaristas", escreveu Marina em seu perfil no Twitter.
Bolsonaro repudia ação de Jefferson
Bolsonaro disse ser contrário à postura do ex-deputado federal. "Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Cármen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP", publicou em suas redes sociais.
Lula diz que ataque é 'aberração'
O presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou de "aberração" a conduta de Jefferson. "Ainda está muito incipiente, mas ouvi dizer que não só trocou tiros como ele jogou uma granada nos policiais. A gente nunca viu uma aberração dessas, uma ofensa dessas, uma cretinice dessas, que esse cidadão, que é o meu adversário, estabeleceu no país", disse, durante coletiva de imprensa em São Paulo.