A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) lançou, nesse domingo (23/10), uma nota de repúdio contra o ataque sofrido pelo cinegrafista Rogério de Paula, da Inter TV, afiliada da TV Globo. Ele foi agredido na tarde de ontem por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto repórteres cobriam a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), em Comendador Levy Casparian (RJ).
“Nada justifica tamanha violência contra um profissional da imprensa em pleno exercício da atividade jornalistica”, informou a nota.
O órgão também reafirmou “a defesa intransigente da liberdade de expressão e do direito do brasileiro à livre informação.” A Abert também pediu que “as autoridades locais façam uma rigorosa apuração do caso e a punição de agressores”.
Rogério, que tem 59 anos e trabalha há mais de 30 anos na Inter TV, foi empurrado pelas costas por um homem que vestia uma camisa verde com dois adesivos da campanha de Bolsonaro (PL), na porta da casa de Jefferson. O político, que cumpria prisão domiciliar, recebeu a Polícia Federal (PF) com tiros e lançamento de granadas.
O cinegrafista ficou caído no asfalto e sofreu um choque na cabeça, local onde já tinha passado por uma cirurgia. O profissional também passou por um princípio de convulsão e a câmera usada por ele foi quebrada.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso e informou que já identificou o autor, mas as buscas permanecem para tentar localizá-lo.
Leia a nota na íntegra:
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) repudia com veemência as agressões sofridas pelo cinegrafista Rogério de Paula, da InterTV, afiliada da TV Globo em Comendador Levy Gasparian (RJ), neste domingo (23).
Durante cobertura da prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson, Rogério de Paula levou um soco de apoiadores do parlamentar e, ao cair no chão, bateu fortemente a cabeça contra o solo. A câmera usada por Rogério também foi quebrada.
Nada justifica tamanha violência contra um profissional da imprensa em pleno exercício da atividade jornalística.
A ABERT reafirma a defesa intransigente da liberdade de expressão e do direito do brasileiro à livre informação e pede às autoridades locais uma rigorosa apuração do caso e punição dos agressores.