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Estado de Minas ELEIÇÕES 2022

Zema rebate Lula: 'Assumiu em 2003 com bilhete da loteria na mão'

Governador rebateu críticas que o ex-presidente fez a ele; Zema participou de encontro com prefeitos e empresários em Divinópolis


24/10/2022 15:04 - atualizado 24/10/2022 15:45

Zema no palco, ao microfone, diante de uma plateia
O governador Romeu Zema participou em encontro com lideranças em apoio a Bolsonaro em Divinópolis (foto: Pablo Santos/Divulgação)

Ao rebater as críticas feitas a ele pelo candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que o PT é “muito sortudo”. Durante encontro com prefeitos e lideranças do Centro-Oeste, em Divinópolis, nesta segunda-feira (24/10), Zema comparou o primeiro mandato do ex-presidente a um “bilhete premiado”.

Na última sexta-feira (21/10), durante entrevista exclusiva à TV Alterosa, ao Portal Uai e ao jornal Estado de Minas, Lula afirmou que Zema “não lidera nada. É um empresário que teve sorte”.

Zema, que tem engajado uma base de prefeitos com promessa de dar vitória ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno no estado, usou a mesma palavra para rebater a crítica feita pelo petista.

"Eles são muito sortudos. Quando o Lula assumiu em 2003, assumiu com o bilhete da loteria na mão. É como se alguém que casasse ganhasse junto um bilhete premiado de R$ 30 milhões. Dá para comprar casa, dá para comprar uma fazenda, carro novo, viajar etc. O Lula pegou a maré boa”, retrucou.

Citando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) – que declarou apoio à Lula –, disse que o PT pegou a “casa arrumada”.

“O Fernando Henrique tinha arrumado a casa de certa maneira, os preços das commodities bombando, o Brasil descobriu o pré-sal, ia ser o país que ia sediar a Copa do Mundo, que ia sediar as Olimpíadas. Tudo aconteceu naquele momento ali. E, o que ele fez para poder continuar essa prosperidade? Nada”, afirmou.

Em seguida, atacou: “Pelo contrário, arrumou uma gangue para poder assaltar o estado e as empresas do estado. O resultado veio em 2015, 2016. O governador citou demissões e acusou o PT de fabricar a “maior recessão da história do Brasil” quando o restante do mundo estava crescendo.

Zema ainda classificou o PT de “Partido da Tragédia” e convocou as quase 50 lideranças presentes a mostrarem que o que deixou Lula “bem visto” no passado é “coincidência”. Ele voltou a comparar a gestão do partido do ex-presidente a um anabolizante. 

“Comparo o que aconteceu lá trás com o cara que quer ficar fortão, ganhar competição, toma bomba, anabolizante. Vai ganhar musculatura, vai ganhar competição, ficar famoso, daí 5 e 10 anos, descobrem que ele estava fazendo doping, aí vem problema cardíaco, hepático, renal, de toda natureza. O que o PT fez foi isso. O Brasil tinha tudo para dar certo, não fizeram uma reforma, nem a da previdência, nem administrativa, nem tributária, nem política, nada. Ficaram só distribuindo entre a companheirada o dinheiro da Petrobras”, comparou.

Citando as referências de Lula à “picanha”, ironizou, dizendo que em países onde há “trabalho como o do PT” estão assegurando “picanha felina e canina”.

“Quem tem feito um trabalho como o PT nos países vizinhos, ao invés de assegurar picanha bovina, suína, está assegurando picanha felina e canina. Não tem nada de bom nesta picanha. Estão acabando com os gatos e cães nestes países como Venezuela e Argentina e temos que evitar isso aí”.
 

Encontro de Zema com prefeitos

O governador participou, na manhã de hoje, do encontro com prefeitos, vices, vereadores, além de empresários.  Escalado para coordenar a campanha de Bolsonaro no estado, ele tem buscado ampliar a margem de votos onde o presidente saiu vitorioso e reverter o resultado em Minas. 

Zema contou com reforço do senador eleito Cleitinho Azevedo (PSC) e do deputado federal Domingos Sávio (PL). Também dividiram palanque o deputado estadual reeleito Fábio Avelar (Avante) e o eleito Eduardo Azevedo (PSC). O prefeito da cidade também fez coro a Zema, assim como presidente da câmara, o vereador Eduardo Print Jr. (PSDB).

 Divinópolis recebeu visita de Bolsonaro no primeiro turno e deu a ele 49,12% dos votos válidos contra 42,31% de Lula. Em Minas, o atual mandatário saiu com 43,20% dos votos e o ex-presidente com 48,43%.

*Amanda Quintiliano especial para o EM 


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