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Estado de Minas ATO DE RUA

Boulos diz que Zema se uniu a Bolsonaro por 'interesse particular'

Político esteve em Uberlândia para ato de campanha de Lula; as deputadas eleitas Bella Gonçalves, Célia Xakriabá e Dandara também participaram


25/10/2022 19:03 - atualizado 25/10/2022 19:34

Guilherme Boulos e Bella Gonçalves durante ato lulista em Uberlândia
Boulos (ao centro) liderou caminhada pró-Lula em Uberlândia (foto: Pedro Bueno/EM/D.A Press - 25/10/22)
Deputado federal eleito em São Paulo, Guilherme Boulos (Psol) esteve em Uberlândia nesta terça-feira (25/10) em um ato a favor do candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante a manifestação, o político afirmou que o apoio de Romeu Zema (Novo), a Jair Bolsonaro (PL) é de interesse particular do governador de Minas Gerais.

"Zema é um oportunista. Quando ele queria os votos do Lula no primeiro turno, ele se manteve neutro, não declarou apoio a ninguém. Depois que ele resolveu a eleição dele aqui, ele declara apoio ao Bolsonaro, chama prefeitos, com evidente interesse particular. É lamentável que um estado tão importante, tão relevante, seja governado por alguém com interesses menores", disse, em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, o deputado federal mais bem votado de São Paulo, com mais de 1 milhão de votos.

Além de se posicionar sobre a relação entre Zema e Bolsonaro, Boulos comentou a posição do político do partido Novo acerca da isenção do transporte público no dia da eleição. Para o governador reeleito de Minas, as prefeituras devem manter o que fazem normalmente para não gerar "suspeita", indo contra a decisão de algumas prefeituras, que liberaram o transporte no próximo domingo (30).

"Acho lamentável que as pessoas apostem na abstenção. A abstenção não combina com democracia. A quem interessa que os mais pobres não se posicionem?. Por que o Zema está com essa postura? Porque sabe que a maior parte das pessoas que vivem nas periferias, em comunidade, que estão desempregadas, foram os maiores afetados pela tragédia econômica do Bolsonaro, votam no Lula", criticou.

"Ele quer impedir o direito das pessoas votarem. Se o voto é obrigatório, é preciso garantir as condições para exercitar o voto", emendou.

Campanha 'corpo a corpo'

No primeiro turno, Lula teve 48,29% dos votos válidos em Minas, enquanto Jair Bolsonaro (PL) teve 43,20%. Agora, os aliados do petista trabalham para manter a vantagem no estado.

"Minas Gerais é um dos maiores colégios eleitorais do Brasil, um colégio em que o presidente Lula ganhou no primeiro turno. Nós queremos manter essa vitória e quem sabe ampliar a margem agora no segundo turno. Por isso, nessa reta final, estamos reforçando a campanha corpo a corpo, de rua, aqui em Minas", pontuou Boulos, que deu detalhes da estratégia em seguida.

"O Presidente (Lula) esteve aqui (em Minas) na semana passada, passou por várias cidades. A Simone Tebet, que foi candidata à presidência, esteve aqui também e estou vindo agora hoje para Uberlândia também com essa missão [...] de virar voto e garantir a vitória do Lula em Minas e no Brasil".

Parlamentares reforçam ato pró-Lula

Além de Guilherme Boulos, as deputadas federais eleitas Dandara Tonantzin (PT) e Célia Xakriabá (Psol), e a deputada estadual eleita Bella Gonçalves (Psol) marcaram presença no evento a favor de Lula em Uberlândia.

Bella comentou sobre a futura relação com Romeu Zema na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. Segundo ela, a vitória de Lula é essencial para o estado.

"A política do governo Zema de querer congelar salários de servidores, privatizar tudo, minerar o estado todo, vai ser acuada, porque nós somos maioria e vamos ser maioria na Assembleia Legislativa com Lula presidente", projetou.

Já Dandara falou sobre o futuro Congresso Nacional, o qual contará com vários políticos que apoiam o atual presidente da República, Jair Bolsonaro. Para a representante de Uberlândia, parte dos eleitos sob a bandeira bolsonarista não serão oposição a Lula caso o petista vença.

"Vamos utilizar uma estratégia ancestral de sobrevivência que é o aquilombamento, que é andar em bando, ter estratégia para estar junto para conseguir avançar na pauta de direitos. E eu acho muito difícil o 'bolsonarismo' ter essa quantidade de deputados que gritam hoje, porque boa parte dos deputados, na verdade, são do 'centrão', e não desse bolsonarismo raiz", disse Dandara. 

 

*estagiário com supervisão do subeditor Diogo Finelli


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