Jornal Estado de Minas

CNBB

Bispos divulgam nota em solidariedade à ministra Cármen Lúcia

Diante das agressões recentes no Brasil, como a sofrida pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia Antunes Rocha, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, nesta terça-feira (25/10), uma nota de solidariedade. O texto diz que os fatos "chocaram cidadãos e cidadãs comprometidos com o bem comum de nosso país".



A nota assinada pelo presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, manifesta "solidariedade às pessoas diretamente atingidas por ofensas verbais e outras formas de agressão, como as sofridas pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia Antunes Rocha". As ofensas partiram do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB).

Dom Walmor, também arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, lamenta e recorda que um país efetivamente democrático não se constrói desse modo. "A história tem exemplos a indicar o resultado dessas atitudes, exemplos que não devem ser desejados nem para o Brasil nem para qualquer outro lugar. A vitória, no Brasil, há de ser sempre da paz, do bem comum, da convivência social serena, do respeito às instituições e da democracia".

Na Paraíba

No domingo (23/10), após celebrar missa na Catedral Nossa Senhora da Luz, em Guarabira, na Região Agreste da Paraíba, a 100 quilômetros de João Pessoa, o bispo da diocese, dom Aldemiro Sena dos Santos, foi alvo de agressões verbais. Um casal com a filha disse ao religioso que ele estava usando a igreja para fazer política. De acordo com a diocese, a família seria apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.     

“O bispo ficou em silêncio e depois respondeu que estava falando a verdade. O tema do evangelho do dia era sobre os pobres, e dom Aldemiro falava na homilia sobre a situação dos que vivem na pobreza, pedindo maior conscientização das famílias a respeito disso”, disse o assessor de comunicação da diocese, padre Felipe Xavier.