Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

Mandetta diz que trabalharia com Lula e que votará 'pela democracia'

O ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro Luiz Henrique Mandetta (União-Brasil) disse que aceitaria trabalhar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso ele seja eleito e o convide para administrar a pasta. O ex-ministro ainda afirmou que não irá anular seu voto e que votará pela democracia. 





A declaração foi dada em entrevista ao MyNews, na noite dessa terça-feira (25/10). Mandetta disse que aceitaria trabalhar com Lula se for para fazer um "trabalho técnico" frente à pasta. "Trabalharia com Lula sem problema algum", pontuou. 

O ex-ministro ainda comparou a possibilidade de trabalhar com o petista ao trabalho proposto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e a realidade durante a pandemia da COVID-19, quando eles começaram a discordar sobre a gestão. 
 
"Eu sou um cara que sempre trabalhou pelo SUS, por gestão, sempre trabalhei em saúde pública. Se for uma coisa para fazer um trabalho técnico, como foi o convite original. Problema do protocolo Bolsonaro é que quando chegou um trabalho que exigia o máximo dos técnicos, aí ele não queria o trabalho técnico, queria o trabalho medíocre, que a minha equipe e eu jamais colocaríamos o nosso nome", disparou. 




 
Questionado pela jornalista Mara Luquet se ele votará no Lula, Mandetta respondeu que votará pela democracia. "Eu não anulo voto. Eu sou da geração que foi para rua lutar por Diretas Já", disse. "Vou votar pela democracia. Não vou anular voto. Vou fazer um voto bem consciente Vamos zelar pelo SUS, vamos zelar pela vida, pela democracia", completou.

"Bem, se você não vota nulo e vota pela democracia você acabou de dizer qual é o seu voto", respondeu a jornalista Mara ao ex-ministro.

Tentativa falha no Senado


Atualmente Mandetta é filiado ao partido União Brasil e foi derrotado na disputa ao Senado pelo Mato Grosso do Sul pela ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (Progressistas), também do governo Bolsonaro.

Mandetta foi ministro da Saúde no início da pandemia da COVID-19, mas acabou brigando com o chefe do Executivo após discordâncias na condução da saúde pública.