"O (teto de gastos) é tão mal construído que o (ministro) não é nem economista. O ministro ai que tão falando que vai ser do Lula, o (Henrique) Meilrelles. Nem economista é."
Após a declaração, o seu discurso foi interrompido por uma salva de palmas do público presente.
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O encontro, realizado no Minascentro, na região Centro-Sul da capital mimeira, é organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais em parceria com outras entidades, tais como a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH).
O evento com o ministro da Economia acontece na reta final da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, que também está em Minas Gerais nesta quarta-feira. Ontem (25/10), o candidado a vice na chapa, Walter Braga Netto, cumpriu agenda no estado.
Guedes nega redução do salário mínimo
Na semana passada, o deputado federal André Janones (Avante) acusou o governo Bolsonaro de propor a redução do valor do salário mínimo, de aposentadorias, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e pensões. Paulo Guedes rebateu as acusações.
Nesta quarta-feira, em Belo Horizonte, o ministro voltou a desmentir a informação durante o encontro com os empresários mineiros.
"Se nós demos aumentos para salário mínimo e aposentadoria durante a tragédia e a guerra, o que nós vamos fazer agora que a pandemia foi embora? Vamos dar aumento acima da inflação. Então é fake news que nós não vamos dar aumento".
IR sem dedução de gasto
O Ministério da Economia elaborou uma proposta defendendo o fim dos descontos no Imposto de Renda com gastos em despesas médicas e educação. De acordo Guedes, o Ministério não pretende acabar com as deduções e disse que a medida é "totalmente descabida de fundamento".
No entanto, um documento obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que dez páginas foram elaboradas pela equipe da área fiscal do ministério após o primeiro turno.
Ainda segundo o Estadão, o documento e os anexos com sugestões das mudanças foram elaborados pela equipe da área fiscal, sem aval do ministro. Dentre as principais propostas, os técnicos preveem que só a anulação da dedução das despesas médicas pode levar a uma economia de R$ 24,5 bilhões no ano.