Por Cristina Moutinho e Luana Pedra
Durante agenda de campanha em Teófilo Otoni, cidade do Vale do Mucuri em Minas Gerais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) acusou o PT de ser responsável pelas supostas não inserções da propaganda eleitoral do presidente em rádios brasileiras. Bolsonaro ainda afirmou ser, “mais uma vez”, uma vítima do TSE.
"E deixo bem claro: é o assunto do momento. Mais uma do TSE. Vocês estão acompanhando as inserções do nosso partido que não foram passadas às dezenas de milhares de rádios do Brasil. Sou vítima mais uma vez. Onde deveriam chegar as nossas propostas, nada chegou. (...) Aí tem dedo do PT. Não tem coisa errada no Brasil que não tenha dedo do PT. O que foi feito, comprovado por nós, pela nossa equipe técnica, é interferência, é manipulação de resultado. Eleições têm que ser respeitadas, mas lamentavelmente PT e TSE têm muito o que se explicar nesse caso”, disse o presidente durante comício realizado hoje (26) em Teófilo Otoni.
A campanha de Bolsonaro encaminhou na terça-feira (25) uma nova manifestação ao TSE sobre a denúncia de que rádios estariam priorizando inserções do candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em detrimento às do atual presidente.
A denúncia encaminhada na terça-feira cita cerca de 700 inserções a mais a favor de Lula. No entanto, em entrevista à imprensa na noite de segunda (24), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, havia falado em mais de 154 mil.
Antes de se dirigir ao local, Bolsonaro se encontrou, em Teófilo Otoni, com empresários e prefeitos da região do Vale do Mucuri. Junto a ele, estão os deputados federais Nikolas Ferreira (PL) e Eros Biondini (PL), o senador Cleitinho Azevedo (PSC), o governador do estado, Romeu Zema (Novo), o pastor Silas Malafaia e alguns prefeitos da região.
Mais cedo, o presidente esteve em Governador Valadares, um dos maiores colégios eleitorais do estado, para se encontrar com lideranças religiosas e políticas. Lá, Bolsonaro também realizou um comício e ressaltou seus feitos na economia.
“Muito obrigado pela recepção, pelo carinho, pelas cores verde e amarelo da nossa Bandeira. Somos um só povo e uma só raça. O que eu tenho a oferecer a vocês é trabalho, honestidade e respeito. A nossa política econômica está aí. Criamos o Pix, sem taxas. Estamos diminuindo os juros”, afirmou o presidente.
Últimos esforços em Minas
Desde o início da campanha presidencial, Minas é o foco dos candidatos para angariar votos. No segundo turno, as visitas de Bolsonaro ao solo mineiro se intensificaram ainda mais, com o objetivo de reverter o resultado do primeiro turno que deu a vitória ao adversário petista, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que obteve 48,29%, contra 43,6% do atual presidente. Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do país e é conhecido como “estado-pêndulo” do Brasil, um espécie de “termômetro nacional” para as eleições.