O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou nesta quarta-feira (26/10) o pedido da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) para investigar irregularidades em inserções eleitorais em rádios.
Para Moraes, os dados apresentados pela campanha são inconsistentes. Ele acionou o Procurador-Geral Eleitoral, Augusto Aras, para apurar "possível cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito" por parte da campanha de Bolsonaro.
A Corregedoria-Geral Eleitoral também deverá apurar eventual desvio de finalidade no uso do Fundo Partidário para a contratação de auditoria pela campanha do presidente.
O caso foi enviado para o Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito que apura a atuação de uma "mílicia digital" que atenta contra a democracia.
Entenda o caso
A campanha de Bolsonaro entregou ao TSE um relatório acompanhado de um link público do Google Drive com acesso a uma planilha de horários que comprovaria que oito emissoras de rádios teriam reproduzido mais inserções a favor do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do que do presidente.
Entre as citadas estão as rádios Bispa FM e Hits FM, de Recife (PE); Clube FM, de Santo Antônio de Jesus (BA); Povo FM, de Feira de Santana (BA); Viva Voz, de Várzea da Roça (BA); Povo FM, de Poções (BA); Integração FM, de Surubim (PE); e Extremo Sul FM, de Itamaraju (BA).
Na segunda-feira (24/10), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse que o presidente teve 154 mil inserções de rádio a menos que Lula nas últimas duas semanas.
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*Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Arruda