O ministro rejeitou as denúncias sobre um suposto boicote às inserções da campanha do presidente em rádios de todo o Brasil. Segundo a campanha do candidato, 154 mil inserções deixaram de ser veiculadas em emissoras, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.
"Com toda a certeza, nosso jurídico deve entrar com recurso, já que foi para o Supremo Tribunal Federal. Nós vamos às últimas consequências, dentro das quatro linhas da Constituição para fazer valer aquilo que nossas auditorias constataram, um enorme desequilibro no tocante as inserções", afirmou o presidente, ao lado do ministro-chefe do GSI, General Augusto Heleno.
Durante a fala, Bolsonaro disse que sua campanha "apresentou provas contundentes", após Moraes ter dado 24 horas para que provas fossem apresentadas.
Na petição inicial, o relatório não informou quais rádios, dias e horários em que as inserções deveriam ter sido veiculadas e não foram. A metodologia ou fundamentação de como se chegou à determinada conclusão também não foi apresentada. Na terça-feira (25/10), o ministro Fábio Faria (PP-RN) disse que as provas foram anexadas a denúncia.
Indignação a Moraes
Bolsonaro se mostrou indignado com a rejeição da denúncia, pelas provas não serem robustas e com a decisão de pedir que o Procurador-Geral Eleitoral, Augusto Aras, apure "possível cometimento de crime eleitoral com objetivo de tumultuar o segundo turno".
"Nos surpreende o senhor Alexandre de Moraes simplesmente inverter o processo (...). Temos duas auditorias contratadas e uma terceira em vias de contratação. No que depender de mim, será contratada essa terceira auditoria porque é mais uma prova – se bem que acho que nem precisava de mais - de que as inserções foram realmente potencializadas e muito para o outro lado", avisou o presidente.