Após ter declarado apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste segundo turno das eleições presidenciais, o empresário e ex-presidente do Partido Novo, João Amoêdo, teve a filiação supensa da sigla a qual ajudou a fundar. No entanto, o Novo não deu detalhes do que teria motivado a medida.
No último dia 17, Amoêdo havia declarado seu voto no candidato Lula, do Partido dos Trabalhadores, no segundo turno das eleições presidenciais.
No dia seguinte (18), o Novo se posicionou novamente, por meio do seu atual presidente, Eduardo Ribeiro, afirmando que apesar de ter liberado o voto, ele não havia "autorizado" o voto em Lula.
Lamento que o partido utilize meios oficiais para atacar a liberdade de expressão e política de um filiado.
%u2014 João Amoêdo (@joaoamoedonovo) October 15, 2022
Ao responder o questionamento acerca do meu voto em segundo turno, apenas exerci um direito que me é conferido pela nossa Constituição. (1/2) https://t.co/bPVcujBsx2
Amoêdo lamentou o posicionamento do partido e afirmou que, logo após Lula eleito, ele voltará a ser oposição.
Veja a nota do Partido Novo na íntegra:
O Partido Novo, através da Comissão de Ética Partidária (CEP), decidiu suspender liminarmente a filiação de JOÃO DIONÍSIO FILGUEIRA BARRETO AMOÊDO, até o encerramento do Processo Disciplinar aberto contra ele, por possíveis violações Estatutárias cometidas por ele, com base no art. 21, II combinado com §2º. A Comissão de Ética Partidária (CEP) é o órgão nacional, independente e permanente de apoio à gestão do NOVO e que tem como principal função zelar pela ética e decoro, bem como pela aplicação do Estatuto e normas internas do NOVO, sendo assim o órgão competente para julgar denúncias feitas por nossos filiados.