A senadora Simone Tebet (MDB-MS) criticou, nesta quinta-feira (27/10), o discurso adotado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, durante a campanha eleitoral. A esposa do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, tem tratado o marido como um homem "escolhido por Deus". Tebet, porém, afirmou, em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, à TV Alterosa e ao Portal UAI, que associar a religião à política não traz bons resultados. Apesar da restrição, a parlamentar, apoiadora do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendeu a participação feminina na política.
"Quando você começa a falar que alguém vem, em nome de Deus, representando uma pauta, começa, de forma leviana, a misturar guerra e política. Isso não dá certo no mundo e não vai dar certo no Brasil. Não podemos transformar o Brasil em uma guerra santa. Alguns países matam por causa disso. Somos um povo pacífico. Essa pauta é perigosa", disse aos Diários Associados.
"Não gosto de ficar falando mal de outras mulheres. Respeito a primeira-dama em sua condição de mulher e de primeira-dama, mas temos pautas totalmente diferentes", ressaltou.
Tebet concedeu a entrevista em Belo Horizonte, entre agendas que tem cumprido com aliados de Lula para angariar votos ao petista.
Terceira colocada no primeiro turno da corrida ao Palácio do Planalto, a emedebista recorreu às origens de sua família para embasar a preocupação com a ligação entre a fé e a gestão pública.
"Meus avós fugiram do Líbano na guerra. Venho de um mundo onde estado se mistura com religião. Por causa disso, se mata em nome de Deus. Isso não dá certo. Sou católica e minha fé está acima de qualquer coisa, mas o Estado é laico".
Michelle é a líder de uma série de atos pensados pela campanha do PL para atingir o eleitorado feminino. Os eventos, chamados de "Mulheres com Bolsonaro", costumam ter também a participação da senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF). Para Tebet, é possível que a primeira-dama consiga sucesso na política eleitoral - desde que realinhe o discurso.
"Se ela não misturar o estado à fé e apresentar as pautas relevantes para o Brasil (pode ter sucesso na política). Todas as mulheres brasileiras têm que entrar para a vida pública se for essa a vontade. Só espero que tenham pautas que, realmente, representam o que as famílias brasileiras querem", pontuou.
"As famílias brasileiras querem paz, poder ir aos templos fazer orações e não ser influenciadas com fake news, inverdades e rituais messiânicos, como se um fosse a encarnação do mal e, o outro, do Messias. Fora isso, todas as mulheres brasileiras têm de estar na vida pública defendendo o que acreditam", completou.
"Quando você começa a falar que alguém vem, em nome de Deus, representando uma pauta, começa, de forma leviana, a misturar guerra e política. Isso não dá certo no mundo e não vai dar certo no Brasil. Não podemos transformar o Brasil em uma guerra santa. Alguns países matam por causa disso. Somos um povo pacífico. Essa pauta é perigosa", disse aos Diários Associados.
"Não gosto de ficar falando mal de outras mulheres. Respeito a primeira-dama em sua condição de mulher e de primeira-dama, mas temos pautas totalmente diferentes", ressaltou.
Tebet concedeu a entrevista em Belo Horizonte, entre agendas que tem cumprido com aliados de Lula para angariar votos ao petista.
Terceira colocada no primeiro turno da corrida ao Palácio do Planalto, a emedebista recorreu às origens de sua família para embasar a preocupação com a ligação entre a fé e a gestão pública.
"Meus avós fugiram do Líbano na guerra. Venho de um mundo onde estado se mistura com religião. Por causa disso, se mata em nome de Deus. Isso não dá certo. Sou católica e minha fé está acima de qualquer coisa, mas o Estado é laico".
'Famílias querem paz'
Michelle é a líder de uma série de atos pensados pela campanha do PL para atingir o eleitorado feminino. Os eventos, chamados de "Mulheres com Bolsonaro", costumam ter também a participação da senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF). Para Tebet, é possível que a primeira-dama consiga sucesso na política eleitoral - desde que realinhe o discurso.
"Se ela não misturar o estado à fé e apresentar as pautas relevantes para o Brasil (pode ter sucesso na política). Todas as mulheres brasileiras têm que entrar para a vida pública se for essa a vontade. Só espero que tenham pautas que, realmente, representam o que as famílias brasileiras querem", pontuou.
"As famílias brasileiras querem paz, poder ir aos templos fazer orações e não ser influenciadas com fake news, inverdades e rituais messiânicos, como se um fosse a encarnação do mal e, o outro, do Messias. Fora isso, todas as mulheres brasileiras têm de estar na vida pública defendendo o que acreditam", completou.