Aliados de Jair Bolsonaro (PL) demonstraram frustração com a participação do governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), como coordenador da campanha do presidente no estado. A informação é do jornalista Gerson Camarotti, da Globonews, nesta quinta-feira (27/10).
“A avaliação é que o Zema falou mais e fez menos em Minas Gerais. A expectativa é que ele de fato conseguisse mobilizar mais os prefeitos”, disse Camarotti.
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No primeiro turno, Zema evitou demonstrar apoio a Bolsonaro, enquanto o presidente, apesar de dizer que apoiava o senador Carlos Viana (PL), repetiu reiteradas vezes que queria estar ao lado do governador mineiro desde o primeiro momento.
Conforme Gerson Camarotti, a avaliação de alguns dos correligionários do presidente é que o governador não se empenhou para atrair apoio por já ter acertado que seria candidato à presidência da República em 2026.
“Outros afirmavam que, se Bolsonaro fosse reeleito, provavelmente ele teria um outro projeto que não o Zema”, destacou o comentarista.
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Norte de Minas
Camarotti e o também jornalista Fernando Gabeira, ex-deputado federal no Rio de Janeiro, consideraram que o comício em Montes Claros, no dia 18 de outubro, foi uma "cilada" para o presidente Jair Bolsonaro.
Os analistas políticos criticaram uma gravação que mostrava um auditório esvaziado no qual o presidente se reuniu com prefeitos de municípios do Norte de Minas. A expectativa era que Zema engajasse líderes locais, mas não aconteceu como esperado.
Conforme o Estado de Minas informou, o encontro foi realizado "a portas fechadas", com acesso limitado.
“É importante a gente ressaltar que isso não é fácil. É uma cobrança da campanha do Bolsonaro, uma frustração da campanha do Bolsonaro, mas não é fácil”, concluiu Gerson Camarotti.