O empresário carioca e suplente do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Paulo Marinho divulgou hoje (28/10), via redes sociais, um vídeo do ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebbiano, que foi aliado de Jair Bolsonaro (PL) e morreu brigado com o presidente.
No início da semana, Paulo Marinho e o deputado André Janones (Avante) divulgaram que estão com o celular de Bebbiano e que irão divulgar o conteúdo, ameaçando revelar "segredos" do atual presidente da República.
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No vídeo, Bebianno, que morreu de infarto em março de 2020, relata um momento que teve com Bolsonaro, em que os dois conversaram sobre o Ministério da Justiça.
"Ele virou pra mim e falou assim: Gustavo, você está isso aqui (gesto de pouca distância) pra se tornar o próximo ministro da Justiça", disse Bebbiano na gravação.
"Botei as mãos assim, uma mão em cada joelho dele aqui, e disse assim: capitão, só tem uma coisa que eu lhe peço, eu não faço questão de nada, nunca lhe pedi nada, mas tem uma coisa que eu quero lhe dizer, a única coisa que eu não estou preparado: é ser deixado pelo caminho. Ele deu a palavra de honra dele de que isso não aconteceria, que ele jamais deixaria um 'soldado' pelo caminho", completou.
Apesar da suposta promessa, Bolsonaro rompeu relações com Bebianno, que se tornou antagonista do presidente e sempre reclamava de ter sido traído pelo presidente. Quando faleceu, surgiu o boata de que Bebbiano tinha um celular, que estaria nos Estados Unidos, que guardaria segredos comprometedores de Bolsonaro e seus aliados.
O assunto se tornou 'trends' do Twitter há poucos dias, depois que Paulo Marinho declarou apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições. Nas redes sociais, um dos coordenadores da campanha do petista, o deputado André Janones (Avante-MG), deu a entender que Marinho teria lhe repassado o celular de Bebianno e que o conteúdo seria revelado antes de domingo (30).