O governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) declarou nesta sexta-feira (28/10), em entrevista a CNN Brasil, que tem divergências em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL), do qual é coordenador de campanha no estado desde o início do segundo turno.
"Não misturo questões de família com negócios e com governo. Não tenho filhos que trabalham na minha empresa ou filhos e parentes no governo. Sempre procuro manter distância. Respeito quem acha que deve misturar, mas acho que não é algo muito adequado", afirmou Zema ao se referir aos filhos de Bolsonaro.
Leia Mais
BH terá reforço de 7 mil viagens de ônibus no domingo do 2º turnoTebet sobre Bolsonaro: 'Não conhece os problemas do Brasil'Advogados e parlamentares pedem 'providências' contra decisões de Moraes Despesas com sistema espião disparam em estados durante Governo BolsonaroPrefeitos de Minas ficam na 'corda-bamba' na reta final do segundo turnoBarroso escolhe a música 'Já vai tarde' como dica musical nesta semanaJustiça determina que Zema forneça transporte gratuito no dia da eleiçãoFábio Faria cita rádio do próprio pai em relatório sobre suposta fraude
"Durante a pandemia, adotei critérios bem diferentes do governo federal. Tenho um secretário de Saúde com equipe especializada em Saúde. Seguimos, em Minas, o que a ciência determina", ponderou.
Tipo de gestão
O governador citou ainda a trajetória como empresário do Grupo Zema para dizer que tem outro tipo de perfil de gestão e de preparação para exercer o cargo de chefe do Executivo.
"Sou diferente, também, porque venho da área de gestão. Minha vida inteira foi dedicada a uma empresa que saiu de quatro para 470 lojas em Minas e em estados vizinhos. Sempre lidei com gente, treinamento, desenvolvimento e metas. O presidente não tem esse tipo de histórico. Tem o histórico, dele, de militar e parlamentar, mas é diferente", declarou.
Convergências
Na sequência, após as críticas, Zema ressaltou que tem pontos muitos em comum com Jair Bolsonaro e criticou o Partido dos Trabalhadores (PT), do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, adversário do presidente no segundo turno.
"Temos convergências também: acreditamos que o mercado precisa ser a mola propulsora do desenvolvimento e que é necessário simplificarmos as leis e pautas do setor produtivo, de quem trabalha e empreende. Acreditamos nas privatizações. Com o PT, não tenho nada em comum, a começar pela corrupção endêmica do PT. No meu governo, se teve corrupção, foi tudo apurado minuciosamente e quem fez não está lá mais. Sou totalmente anticorrupção", declarou.
O "Beabá da Política"
A série Beabá da Política reuniu as principais dúvidas sobre eleições em 22 vídeos e reportagens que respondem essas perguntas de forma direta e fácil de entender. Uma demanda cada vez maior, principalmente entre o eleitorado brasileiro mais jovem. As reportagens estão disponíveis no site do Estado de Minas e no Portal Uai e os vídeos em nossos perfis no TikTok, Instagram, Kwai e YouTube.