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Estado de Minas ELEIÇÕES 2022

As promessas e ideias de Bolsonaro e Lula para Minas Gerais

Adversários do segundo turno marcaram presença no estado durante os dois turnos das eleições; metrô, rodovias e hospitais estão entre as propostas feitas


28/10/2022 18:00 - atualizado 29/10/2022 18:15

Fotomontagem com Bolsonaro, Lula e um mapa de Minas Gerais
Desde 1955, em períodos democráticos, quem ganha em Minas ganha no Brasil (foto: Fotomontagem/Reprodução/Rede Bandeirantes)
Os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi chefe do Executivo nacional entre 2003 e 2010, e Jair Messias Bolsonaro (PL), que ocupa o cargo desde 2019, dedicaram grande parte da campanha eleitoral a Minas Gerais, considerado historicamente como uma peça-chave para vencer a disputa pela Presidência da República. Enquanto o petista esteve no estado em seis oportunidades, o presidente veio dez vezes, contando com a viagem desse sábado (29/10) à capital.

 

Nessas visitas, os candidatos falaram sobre questões importantes para Minas e fizeram promessas para o estado aos eleitores durante discursos, debates, coletivas com a imprensa e durante as entrevistas exclusivas a TV Alterosa/Portal Uai/Estado de Minas, nos dias 12 e 21 de outubro. Entre os principais temas abordados por cada um dos candidatos, estão a privatização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), ampliação das linhas do metrô de Belo Horizonte; duplicação de rodovias federais, tais como a BR-381; e a conclusão de hospitais em Divinópolis, no Centro-Oeste do estado, e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri.
Para difundir as propostas em Minas Gerais, os candidatos fizeram alianças com prefeitos, governadores e parlamentares. Enquanto Bolsonaro recebeu o apoio do governador reeleito Romeu Zema (Novo), do futuro senador Cleitinho Azevedo (PL) e do deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL); o petista esteve ao lado dos candidatos derrotados Alexandre Kalil (PSD), que disputou o Palácio Tiradentes, e do senador Alexandre Silveira (PSD), que não se reelegeu ao Congresso Nacional.
 
Lula ressaltou que após a eleição os candidatos eleitos devem se portar como chefes de estado e se colocou à disposição para conversar com Zema em um eventual governo a partir de 2023. “Não quero saber de que partido é o governador ou prefeito. Se ele foi eleito, merece ser tratado com dignidade, respeito e decência em qualquer lugar do país”, declarou o petista durante visita a Belo Horizonte, em outubro. Já Bolsonaro pontuou que o apoio de Zema vem do que eles construíram nos últimos quase quatro anos juntos. "Queremos continuar agindo dessa mesma maneira e temos muitas boas notícias para anunciar aqui para o povo de Minas Gerais", afirmou o presidente.
Além de ser o segundo maior colégio eleitoral do país, o estado foi o principal palco do segundo turno da eleição presidencial por manter a tradição de números próximos ao resultado nacional. Desde 1955, em períodos democráticos, quem ganha em Minas ganha no Brasil. No primeiro turno deste ano, em Minas Gerais, Lula recebeu 5.802.571 de votos e Bolsonaro foi escolhido por 5.239.264 pessoas. 
 

PROMESSAS DE LULA

PROMESSAS DE BOLSONARO

METRÔ DE BH

Lula afirmou em 22 de outubro que uma expansão do metrô precisa partir de uma parceria entre os governos estadual e federal. Disse que, se eleito presidente, vai conversar com Zema sobre as prioridades no estado, entre elas o transporte ferroviário. "Quando eu era presidente, a gente fez a linha 1 do metrô. O metrô, para ser construído, é preciso que tenha parceria entre governo do estado e Governo Federal", afirmou.

 

BR-381

Lula afirmou que fará a concessão da rodovia BR-381, conhecida como “rodovia da morte”, uma das suas principais pautas. “Ganhando a eleição, vai ser uma questão de honra acabar com a estrada da morte e criar a estrada da vida. Quando era presidente (2003-2010), a gente discutia a estrada da morte. Há 12 anos deixei a presidência, e continua o problema”, disse Lula. A rodovia BR-381 é apontada como uma das mais perigosas do país. Tem média de um acidente por dia, no trecho entre Belo Horizonte e João Monlevade, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

 

HOSPITAL DE DIVINÓPOLIS

Em uma de suas visitas a Minas durante a campanha, Lula disse que, se eleito, vai fazer parceria com o governo mineiro para concluir o hospital regional de Divinópolis, que está com as obras paradas. A cidade do Centro-Oeste do estado é a terra do senador eleito Cleitinho e deu vitória a Bolsonaro no primeiro turno. Lula também prometeu concluir a obra do hospital de Teófilo Otoni. 

 

MINISTROS MINEIROS

Questionado sobre a possibilidade de ter ministros mineiros, caso seja eleito presidente, Lula lembrou que logo quando assumiu na sua primeira gestão, em 2003, nomeou cinco nomes mineiros para a Esplanada. Mas sobre o atual momento, ele ponderou: "Não é possível cravar um número porque, antes das eleições, se você ficar nomeando ministro, você termina perdendo mais amigo do que conquistando amigo.

 

PRIVATIZAÇÃO DA CEMIG

Lula disse ser contra a privatização da Cemig, uma das bandeiras da gestão do governador Romeu Zema (Novo).“Sou contra privatizar a Cemig. Para que privatizar uma empresa rentável, que é centro de excelência como a Cemig? Para que privatizar, para pegar o dinheiro e gastar em que? Você vende, pega o dinheiro e consome no custeio. Daqui a cinco anos você não tem mais a Cemig, não tem o dinheiro também”, disse o candidato petista.

 

METRÔ DE BH

Bolsonaro prometeu, no dia 26 de outubro, ao lado do governador de Minas Gerais, que vai ampliar o metrô da capital mineira e garantiu que parte dos recursos já estão reservados pelo governo federal para o investimento. “Quando se fala no metrô em BH, já estão reservados R$ 2,8 bilhões, juntamente com R$ 400 Milhões do Zema. BH vai ter o seu metrô”, declarou. O tema também foi citado pelo candidato no primeiro debate do segundo turno.

 

BR-381

Apesar de não ter focado na rodovia em seus discursos eleitorais, o presidente enviou o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, para falar sobre a duplicação da “rodovia da morte”, em visita à capital mineira no dia 10 de outubro, também ao lado de Romeu Zema e Nikolas Ferreira. "A gente tem aqui no estado de Minas Gerais uma obra emblemática que é a duplicação da BR-381, de Belo Horizonte a Governador Valadares. Uma rodovia difícil para a engenharia e complexa em termos de solução", declarou o ministro de Bolsonaro no encontro que ocorreu após o primeiro turno.

 

FURNAS

O presidente da República também falou sobre a manutenção da cota mínima de 762 metros acima do nível do mar para o Lago de Furnas, na Bacia Hidrográfica do Rio Grande, reivindicação de lideranças políticas e econômicas da região. “Vocês conhecem o Lago de Furnas, a questão da cota 762, conversando com o governador Zema e com o ministro de Minas e Energia está resolvida a manutenção da cota”, declarou, dando a entender que está de acordo com esse nível do lago.

 

MINISTRO

Bolsonaro sinalizou que o eventual ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços pode vir de Minas Gerais, caso ele seja reeleito. A pasta foi extinta pelo presidente e as atribuições anexadas ao ministério da Economia, de Paulo Guedes. Entretanto, o retorno já foi ventilado no caso de um eventual segundo mandato. “Está no radar a recriação do ministério da Indústria, Comércio e Serviço. E eu falei que esse ministro, como foi a da Agricultura, Teresa Cristina (ex-ministra), seria indicado pelos interessados. Então pode sair daqui um futuro ministro mineiro, caso eu seja reeleito”.

 

EXPLORAÇÃO LÍTIO

No dia 18 de outubro, durante discurso em Montes Claros, na Região Norte do estado, Bolsonaro mencionou a possibilidade de exploração de lítio no Vale do Jequitinhonha, onde está grande parte das reservas do país. “Para o Vale do Jequitinhonha, já estamos em condições de abrirmos para a iniciativa privada a exploração de lítio. Isso não é promessa, é realidade”, afirmou.




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