A federação partidária formada por PT, PCdoB e PV planeja um ato festivo na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, caso o petista Luiz Inácio Lula da Silva vença o segundo turno da eleição presidencial no domingo (30/10). Em ofício enviado à Polícia Militar, as siglas projetam a participação de três mil pessoas no comício.
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Em outro ofício enviado à PM de Minas, petistas, comunistas e verdes estimam dois mil participantes no "abraço simbólico" à Avenida do Contorno, também na capital mineira. O evento, agendado para este sábado (29), não terá a presença de Lula, mas vai contar com a participação de aliados mineiros do presidenciável.
Nesse segundo texto, a federação também pede o reforço do policiamento.
"Certos de podermos contar com a vossa habitual atenção no deslocamento de policiais e viaturas para garantir a segurança e o bom andamento do evento, desde já agradecemos e nos colocamos à disposição para quaisquer esclarecimentos", escreve Cristiano Silveira.
Os dois documentos são endereçados ao comandante-geral da PM mineira, o coronel Rodrigo Souza Rodrigues. Segundo apurou a reportagem, o deputado federal Rogério Correia (PT) e a deputada estadual Beatriz Cerqueira, também filiada ao PT, articularam em prol do pedido de segurança. Os dois compõem o grupo que coordena a campanha de Lula na Grande BH.
A Praça da Liberdade, escolhida para a hipotética comemoração do domingo, sediou, três semanas atrás, o primeiro ato de Lula em BH neste segundo turno.
No primeiro turno, Lula teve 48,43% dos votos válidos em todo o território nacional. Jair Bolsonaro (PL), outro participante do segundo turno, ficou com 43,2%. Se conseguir nova vitória, o petista pretende falar a apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).
Deputada já havia cobrado policiamento
No início da semana, Beatriz Cerqueira enviou pedido de explicações à PM a respeito da conduta da corporação na caminhada que Lula fez por Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana, no sábado (22).
Segundo ela, o ato não contou com o acompanhamento das forças de segurança, como é de praxe em atividades desse porte, diferentemente de atos recentes de Bolsonaro e da primeira-dama, Michelle, também na capital.
"Quero que o governador explique. As instituições de segurança pública são do Estado e não são do governo. O governador é o chefe. Não pode interferir e agir de acordo com suas convicções partidárias. Isso é grave", disse.