"A Federação FeBrasil (PT/PC do B/PV) MG, vem, respeitosamente, por seus procuradores, conforme determina o artigo 39, inciso 1º, da Lei nº 9504/19971, informar a realização de evento no dia 30/10/2022 (domingo), à partir das 18h, com expectativa de que estejam presentes 3000 (três mil) pessoas, para Ato Vitória da Democracia, que se realizará na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Deste modo, solicita a adoção de providências a fim de garantir a realização do ato em segurança, bem como o bom andamento do trânsito e serviços públicos eventualmente afetados", lê-se em trecho do texto, remetido à corporação na quarta-feira (26/10).
Em outro ofício enviado à PM de Minas, petistas, comunistas e verdes estimam dois mil participantes no "abraço simbólico" à Avenida do Contorno, também na capital mineira. O evento, agendado para este sábado (29), não terá a presença de Lula, mas vai contar com a participação de aliados mineiros do presidenciável.
Nesse segundo texto, a federação também pede o reforço do policiamento.
"Certos de podermos contar com a vossa habitual atenção no deslocamento de policiais e viaturas para garantir a segurança e o bom andamento do evento, desde já agradecemos e nos colocamos à disposição para quaisquer esclarecimentos", escreve Cristiano Silveira.
Os dois documentos são endereçados ao comandante-geral da PM mineira, o coronel Rodrigo Souza Rodrigues. Segundo apurou a reportagem, o deputado federal Rogério Correia (PT) e a deputada estadual Beatriz Cerqueira, também filiada ao PT, articularam em prol do pedido de segurança. Os dois compõem o grupo que coordena a campanha de Lula na Grande BH.
A Praça da Liberdade, escolhida para a hipotética comemoração do domingo, sediou, três semanas atrás, o primeiro ato de Lula em BH neste segundo turno.
No primeiro turno, Lula teve 48,43% dos votos válidos em todo o território nacional. Jair Bolsonaro (PL), outro participante do segundo turno, ficou com 43,2%. Se conseguir nova vitória, o petista pretende falar a apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).
Deputada já havia cobrado policiamento
No início da semana, Beatriz Cerqueira enviou pedido de explicações à PM a respeito da conduta da corporação na caminhada que Lula fez por Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana, no sábado (22).
Segundo ela, o ato não contou com o acompanhamento das forças de segurança, como é de praxe em atividades desse porte, diferentemente de atos recentes de Bolsonaro e da primeira-dama, Michelle, também na capital.
"Quero que o governador explique. As instituições de segurança pública são do Estado e não são do governo. O governador é o chefe. Não pode interferir e agir de acordo com suas convicções partidárias. Isso é grave", disse.