A Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais abriu um processo para apurar a conduta de um policial que fez ameaças de morte ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu candidato a vice nestas eleições, Geraldo Alckmin (PSB). O caso está sendo investigado pela Polícia Federal.
Gustavo Araújo, investigador de polícia, fez uma publicação no seu perfil no Instagram no início do mês incitando um atentado contra a vida dos oponentes do presidente Jair Bolsonaro, e atacou o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Por favor, alguém mate o preso Lula, mate também o seu vice, porque os juízes do STF são criminosos, então, se é a lei do velho oeste, matem esses filhos da puta, decapitem Lula”, escreveu Araújo na rede social. Em outra publicação, o policial aparece em uma foto segurando uma arma e vestido de verde amarelo. Abaixo da imagem, escreveu: "Bolsonaro 2022".
O policial mora em São Vicente de Minas, mas atua em Andrelândia, no Sul de Minas.
A investigação foi aberta pela Polícia Federal a pedido de dois agentes da corporação responsáveis pela segurança de Lula, comandada pelo delegado Andrei Rodrigues. Ao menos outras duas ameaças também levaram à abertura de inquérito.
A Polícia Civil respondeu, em nota, que tomou conhecimento dos fatos em 7 de setembro, e vai apurar a conduta do investigador mineiro. A corporação disse ainda que “não coaduna com qualquer transgressão de seus servidores e assegura que os fatos serão devidamente apurados com total independência nos trabalhos correcionais”.