Durante o segundo bloco do debate da TV Globo, que acontece nesta sexta-feira (28/10), o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fugiram dos temas sugeridos. O debate foi coberto de troca de ofensas e candidatos acabaram não discutindo propostas.
O primeiro tema foi escolhido pelo ex-presidente Lula: combate à pobreza. Ao questionar o presidente sobre a fome no país, ambos trocaram ofensas e se chamaram de “mentirosos”.
Leia Mais
Lula no debate da Globo: 'Prosperidade, só para a família Bolsonaro'Lula para Bolsonaro no debate: 'A Jovem Pan é aquele seu canal de TV?'Lula para Bolsonaro sobre pílula abortiva: 'Falou isso, ou não?'Bolsonaro para Lula: 'Jefferson explodiu seu partido. Teu amigo de cadeia'Bolsonaro cita Cytotec em debate e pílula explode nas redesMoro faz foto de Lula durante debate, diz jornalista da Globo NewsLula para Bolsonaro: 'Mandou Mandetta embora porque entendia de vacinação'William Bonner fica em 1º lugar nos assuntos mais comentados do TwitterO próximo tema foi escolhido pelo presidente Bolsonaro: respeito à constituição. Mais uma vez o debate acabou em troca de ofensas.
“Eu jogo dentro das quatro linhas da Constituição. Quantas vezes eu joguei no peito nossa constituição? Lula defende invasão de terras. Isso é respeitar a constituição?”, questionou Bolsonaro.
“O cidadão diz que respeita a Constituição, mas vive todo santo dia ameaçando os ministros da suprema Corte. Ele não tem respeito pela Constituição. Tem um militar que fica mandando ele respeitar. Ele faz muita coisa fora da Constituição ofendendo todo mundo”, seguiu Lula.
“O cidadão diz que respeita a Constituição, mas vive todo santo dia ameaçando os ministros da suprema Corte. Ele não tem respeito pela Constituição. Tem um militar que fica mandando ele respeitar. Ele faz muita coisa fora da Constituição ofendendo todo mundo”, seguiu Lula.
Durante esse tema, candidatos trocaram novamente as discussões e acabaram falando sobre aborto. Lula resgatou uma fala do presidente quando ainda era deputado federal defendendo uma pílula abortista.
“Candidato se lembra desse discurso?”, disse Lula. “Falou isso ou não?” , seguiu.
Bolsonaro
“Trinta anos atrás”, respondeu Bolsonaro. “Eu posso mudar. A poucos dias você diz que aborto é de Saúde Pública. Você é abortista Lula. Você é um abortista convicto”, disse.
“Eu sou contra o aborto, e minha mulher é contra o aborto. Eu respeito a vida. Tenho cinco filhos. oito netos e uma bisneta. Se quer julgar a culpa do aborto em alguém. Jogue em si mesmo”, respondeu Lula.
Antes do debate da Globo, os candidatos à presidência da República se enfrentaram em 16 de outubro no programa organizado por TV Bandeirantes, TV Cultura, portal UOL e jornal Folha de S.Paulo. Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, e o ex-presidente Lula (PT) tiveram uma hora e 40 minutos para discutir suas propostas.
Debates na TV
Antes do debate da Globo, os candidatos à presidência da República se enfrentaram em 16 de outubro no programa organizado por TV Bandeirantes, TV Cultura, portal UOL e jornal Folha de S.Paulo. Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, e o ex-presidente Lula (PT) tiveram uma hora e 40 minutos para discutir suas propostas.
Em 21 de outubro, Lula e Bolsonaro foram convidados pelo pool de veículos formado por CNN Brasil, SBT, Estadão/Rádio Eldorado, Terra, Veja e NovaBrasil FM, mas apenas o presidente compareceu para uma entrevista de uma hora. A Coligação Brasil da Esperança, responsável pela campanha de Lula, alegou “incompatibilidade de agendas”.
No dia 23, Bolsonaro concedeu nova entrevista, desta vez para a Rede Record TV. O objetivo da emissora era realizar um debate entre os dois candidatos que chegaram ao segundo turno, mas Lula não participou por causa de outros compromissos de campanha. Assim, o candidato à reeleição foi sabatinado por jornalistas durante uma hora.
O primeiro turno das eleições de 2022 foi realizado em 2 de outubro. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu 48,43% dos votos válidos (57.259.504), enquanto Jair Bolsonaro (PL) terminou com 43,20% (51.072.345). Quem vencer no segundo turno, marcado para este domingo (30), tomará posse em 1º de janeiro de 2023.